Vice-presidente do SINTESEL acusa o governo de ajudar as empresas privadas a “escravizar” os vigilantes

Cidade da Praia, 15 Out (Inforpress) –  O vice-presidente do Sindicato Nacional dos Agentes de Segurança Pública e Privada, Serviços, Agricultura, Comércio e Pesca (SINTSEL), António Silva, acusou hoje o governo de estar a ajudar as empresas privadas a “escravizarem os seus vigilantes”.

António Silva, que falava em conferência de imprensa hoje, na Cidade da Praia, fez esta acusação na pessoa do vice-primeiro ministro e ministro das Finanças, realçando que se está perante uma situação de “injúria e injustiça”.

Na base desta acusação está o facto de os agentes da segurança privada não terem sido contemplados ainda com aumentos salariais a que julgam ter direito, cujo acordo, sublinham, foi publicado no Boletim Oficial.

A proposta do aumento salarial em apreço foi estabelecida no acordo colectivo do trabalho que foi revisto em 2017, com a promessa de sua implementação em Janeiro de 2020, o que, segundo o sindicalista, não foi implementado até agora.

A esse propósito, o sindicalista fez questão de lembrar ainda ao ministro das Finanças, que o montante que deverá contemplar os agentes em causa, provem dos impostos pagos pelos cabo-verdianos pelos serviços que lhe são prestados, sendo que os vigilantes prestam serviço na área de segurança.

Por isso, António Silva sublinha que o SINTSEL não entende o porquê dessa “injustiça”.

“Será que só em Cabo Verde é que se publica um acordo no Boletim Oficial e depois não é cumprido?”, questionou.

Conforme disse, o SINTSEL prepara para avançar novamente com uma greve, e que só não a realizou ainda porque o sindicato da Indústria Geral Alimentação Construção Civil e Afins (SIACSA), avançou primeiro com o pré-aviso de greve, e deste modo aguardam por um convite do o SIACSA, tendo em conta que lutam pela mesma causa.

DM/FP

Inforpress/Fim

 

 

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