Cidade da Praia, 05 Out (Inforpress) – A embaixadora da União Europeia em Cabo Verde assegurou hoje que com as subvenções da Procultura pretendem promover novas competências artísticas, técnicas e de gestão de recursos humanos nos PALOP e Timor Leste.
Sofia de Sousa fez esta consideração, em conferência de imprensa, para apresentar aos artistas e actores culturais com projectos nas áreas de música, artes cénicas e literatura infanto-juvenil, essa subvenção da Procultura dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e Timor-Leste (PALOP-TL), que está a decorrer desde o dia 09 de Setembro e termina no dia até 09 de Novembro.
Nesta subvenção, a União Europeia e parceiros disponibilizaram 7,8 milhões de euros para o programa Procultura, com vista a financiar projectos que estimulem o emprego e rendimento sustentável no sector da cultura nos PALOP-TL.
“Com essas subvenções da Procultura é o objectivo da União Europeia impulsionar o potencial nos países Palop-Timor Leste nas áreas mencionadas, promovendo novas competências artísticas, técnicas e de gestão de recursos humanos a nível nacional, de forma também que seja possível trabalhar em rede com os países Palop-TL”, afirmou.
Pretendem ainda com este programa, ajuntou, dar um primeiro apoio financeiro, mas dar também formação, para que “seja possível capitalizar os talentos existentes e fazer uma aposta real na cultura e nas artes”.
Presente no evento, o embaixador de Portugal em Cabo Verde, António Moniz, considerou que este programa é “crucial e oportuno” no momento em que a área da cultura está a “sofrer bastante” com os efeitos da covid-19.
“O sector cultural artístico e das artes criativas é um sector que tem sido muito afectado, não só em Cabo Verde, mas também em Portugal e por todo mundo, por isso a Procultura com o seu envelope financeiro e com as iniciativas que prevê (…) vêm em bom momento porque um dos seus objectivo principal é promover a criação de emprego sustentável e o desenvolvimento do rendimento”, salientou.
Por sua vez, o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, afirmou que com este projecto a União Europeia está a dar a Cabo Verde outros meios de financiamento, que não seja apenas o Orçamento do Estado.
Neste sentido, apelou aos agentes culturais, as associações e os grupos para aproveitarem esta oportunidade, uma vez que já não há dinheiro a fundo perdido na cultura, nem da parte do Governo e nem da parte das instituições internacionais.
“É preciso que se organizem, que estudem os editais, e que se possível contratualizar serviços especializados para submissão das candidaturas porque são quase 19 milhões de euros disponíveis para financiar”, recomendou, lembrado que esta quantia é duas vezes maior do que a verba disponibilizada ao Ministério da Cultura no Orçamento do Estado.
Relativamente a esta candidatura, segundo a organização, está dividida em três lotes.
O primeiro lote destina-se a projectos de empreendedorismo nos sectores da música e artes cénicas, a realizar em um ou mais países do grupo PALOP/Timor-Leste, para financiamento entre 20 mil euros e 35 mil euros.
O segundo lote é designado a projectos internacionais de desenvolvimento dos sectores da música e artes cénicas, envolvendo dois ou mais países dos PALOP e Timor-Leste e com financiamento entre 500 mil e um milhão de euros.
O terceiro lote é destinado a projectos internacionais de desenvolvimento do sector da literatura infanto-juvenil, envolvendo dois ou mais países dos PALOP e Timor-Leste, com um financiamento entre 300 mil e 600 mil euros.
As candidaturas estarão abertas até dia 09 de Novembro e os interessado poderão aceder aos links (https://www.futuroscriativos.org/procultura/)
O Procultura é um projecto do Programa PALOP-TL UE, financiado pela União Europeia, co financiado e gerido pelo Camões, I.P. e cofinanciado pela Fundação Calouste Gulbenkian.
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Inforpress/Fim