Tarrafal, 15 Nov (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal do Tarrafal fez hoje um balanço “extremamente positivo” do primeiro ano do mandato, afirmando que o seu executivo já investiu mais de 130 mil contos em projectos de várias áreas de desenvolvimento.
“Não obstante os desafios impostos pela pandemia da covid-19, o balanço desde primeiro ano de mandato, após a tomada de posse desta nova equipa camarária por mim liderada, é extremamente positivo”, considerou José dos Reis, em conferência de imprensa, para fazer balanço de um ano de gestão da equipa camarária que lidera.
Conforme sustentou, os factos e feitos da governação demonstram claramente que as medidas foram “assertivas e oportunas”, razão que o leva a afirmar que o município está “simplesmente em transformação e no seu processo de construção permanente e no percurso ascendente”.
Na ocasião, lembrou que a sua equipa definiu como prioritário as acções de benefício social, a garantia de rendimento às famílias e promoção da dinâmica sociocultural e turística do município, sem, no entanto, segundo ele, descurar da componente ambiental, da organização e modernização administrativa.
Nesse sentido, reiterou que o município que dirige não quis promover assistencialismo e nem distribuição massiva de cestas básicas, tendo focado no rendimento das pessoas, principalmente na juventude, investindo mais de 130 mil contos em projectos de equipamentos sociais, obras de urbanização, requalificação urbana e ambiental, melhoria de acessibilidades, que contemplou várias localidades e criou mais de 5.000 empregos rotactivos.
“Estamos convictos de que a aposta na infra-estruturação e na requalificação urbana e ambiental é sem dúvida fundamental, para a atração de investimentos, geração de rendimentos e produção de um emprego produtivo”, defendeu José dos Reis.
Entretanto, admitiu que após 28 anos da governação do Movimento para a Democracia (MpD), assumiu um município com “identidade própria”, ganhos e desafios, mas, também, com cerca de 300 mil contos em dívidas, 8.000 em saldo negativo, e um crédito descoberto junto do Banco Comercial do Atlântico e na Caixa Económica de Cabo Verde no valor de 20 mil contos por mês para pagamento de salários.
E ainda uma lista grande de pendentes para com funcionários, em matérias de salários em atrasos, retroactivos, subsídios, horas extraordinárias e integração no Sistema de Previdência Social – Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
Entretanto, notou que volvido um ano da sua gestão reduziram em seis meses o descoberto bancário de 20 mil contos para 8.000, e que depois fizeram uma conta corrente caucionada, libertando a câmara municipal de taxas de juros em valores superiores a 3.900 contos por mês, ajustaram o salário do pessoal do serviço fiscalização e liquidaram cerca de 45 mil contos em dividas para com os funcionários, fornecedores, instituições públicas e privadas.
O edil tarrafalense assegurou ainda que passaram a pagar salário de funcionários de forma regular.
O chefe do executivo camarário, que disse acreditar que os ganhos obtidos neste primeiro ano de mandato são de todos os tarrafalenses, parceiros nacionais e internacionais, empresários, sociedade civil, operadores económicos, Governo e diáspora, pediu mais uma vez um “djunta-mon” (juntar as mãos) para darem continuidade a esta “caminhada de “transformação longa e desafiante”.
Por fim, reiterou a ambição de transformar Tarrafal numa cidade moderna, actrativa, competitiva e com qualidade de vida, e um dos principais pólos de atracção turística de Santiago e de Cabo Verde.
FM/JMV
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