Mindelo, 19 Out (Inforpress) – O mandatário do Movimento Más Soncent, Luís Rodrigues, denunciou hoje alegados actos de vandalização da propaganda gráfica do movimento afixado em diversas zonas da ilha, incluindo o roubo de dois “outdoors“.
Em conferência de imprensa, no Mindelo, Rodrigues assinalou que os dois “outdoors“ roubados estavam afixados na Laginha e no Monte Sossego.
Por outro lado, denunciou ainda a pichagem de cartazes na parede do Kintal das Artes, à frente do mercado de peixe, aliás, precisou, “todos os cartazes das forças políticas foram pichadas, com excepção dos do MpD”.
“Não acusamos directamente o MpD, porque não temos provas, mas a verdade é que apenas os cartazes do MpD não foram pichados, logo alguma razão haverá para isso”, lançou a mesma fonte, que se referiu a “obstáculos enormes que não são bons para o jogo político”.
Da mesma forma, Luís Rodrigues acusou a Câmara Municipal de São Vicente de oferecer um “presente envenenado” ao Movimento Más Soncent quando procedeu à distribuição de espaços públicos para colocação de propaganda política a todos os concorrentes e incluiu postes de iluminação pública.
“Afinal, a Electra vem dizer agora que temos que retirar a propaganda dos postes, que lhes pertence, antes autorizado pela câmara”, continuou, ao mesmo tempo que lamentou “o esforço para confeccionar os pendões e os colocar nos postes”, e vão ter que fazer “mais um esforço” para os retirar.
O mandatário do Movimento Más Soncent voltou ao caso do director de campanha, funcionário público da Cadeia Central de São Vicente, que diz estar a ser alvo de “perseguição e intimidação por parte da direcção da cadeia”, para que ele não participe no trabalho ligado ao Movimento Más Soncent.
“Trata-se de um atentado ao princípio da liberdade da pessoa, nada o proíbe no estatuto enquanto profissional de tomar parte nesse tipo de actividade, não há nada no Código Eleitoral que o proíbe, logo, qualquer movimentação nesse sentido terá por base razões desconhecidas”, concretizou a mesma fonte.
Por isso, pediu que seja respeitada a liberdade individual do funcionário para continuar a sua actividade.
“Não faz sentido num país democrático tentar coartar a liberdade de expressão e de associação, mas acreditamos que se está a preparar uma acção mais directa contra o nosso director de campanha para depois das eleições”, conclui.
Por fim, Luís Rodrigues anunciou que, por precaução, o Movimento Más Soncent não fará mais desfiles com o trio eléctrico para evitar a aglomeração de pessoas, em plena pandemia, já que “em primeiro lugar está a saúde”.
O Movimento Mas Soncent concorre nas autárquicas de domingo, 25, com Nelson Lopes como candidato a presidente da câmara, e Albertino Gonçalves para presidente da Assembleia Municipal de São Vicente.
AA/CP
Inforpress/Fim