Espargos, 05 Nov (Inforpress) – O ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, destacou hoje na ilha do Sal a necessidade de se reforçar “cada vez mais” as parcerias público/privadas, visando “maior robustez e desenvolvimento” do sector.
O governante fez essas declarações no acto de assinatura de dois protocolos entre o Ministério da Saúde com a clínica privada Clinitur e a ONG Africa Avanza, em que também testemunhou a entrega de um donativo da Cooperação Espanhola, traduzida em 5.250 kits de detecção da covid-19 e cinco tablets para registo e processamento de dados.
“Nenhum sector, nenhum serviço nacional de saúde, serviço privado de saúde, nem as ONG, nenhum sector isoladamente poderá, de facto, ter toda a responsabilidade para desenvolver o sector da Saúde”, reiterou.
Segundo Arlindo do Rosário, se se quer um Sistema Nacional de Saúde que inclui o serviço público, o serviço privado e as ONG, há necessidade de reforçar a ligação, a comunicação entre esses três sectores, não devendo nenhum deles “ser enfraquecido em proveito de outro”.
“Hoje nós marcamos uma etapa importante do reforço das capacidades do Hospital Regional do Sal. Penso que é possível sim, desenvolver o sector privado, o sector público, trabalhar e procurar formas dessa ligação”, sublinhou.
Da mesma forma com a Africa Avanza, com quem o Ministério de Saúde, conforme aclarou, tem uma cooperação com dez anos, reconhecendo todo o trabalho que tem sido feito.
“E o acordo que acaba de ser assinado irá permitir definir as competências e as responsabilidades de cada uma das partes de forma a consolidação dessa cooperação”, explicou, anunciando a existência de “muitos outros projectos” que abrem espaços para novos protocolos, já que a saúde “está no centro de tudo”.
Considerando a vocação turística da ilha, Arlindo do Rosário voltou a insistir que não se pode pensar que o sector público irá fazer tudo de segurança e de prestação de todos os cuidados de saúde, e desafiou os privados a investirem mais no sector da saúde, a serem “mais corajosos e correr riscos também”.
Por sua vez, a embaixadora da Espanha em Cabo Verde, Dolores Ríos, manifestou “satisfação” pelo contributo que a Espanha vem dando no desenvolvimento da saúde em Cabo Verde, neste caso concreto.
“A saúde é a base da vida das pessoas. Vamos continuar a dar o nosso contributo. Sem saúde não se pode desenvolver o País. Vamos continuar a trabalhar juntos”, reforçou.
Também a directora da Clinitur, Marta Vieira, e o presidente da Africa Avanza, Iñaki Gascón, destacaram a importância da assinatura dos protocolos com o Ministério da Saúde, compreendendo igualmente que a saúde não depende exclusivamente do público ou do privado, devendo haver uma “sinergia, trabalhando juntos para uma cada vez melhor saúde, saúde primária, principalmente”.
Aproveitando a presença do ministro na ilha, a câmara municipal programou a cerimónia de descerramento da placa de uma pintura mural, edificada em homenagem aos profissionais de saúde local, que ocorreu logo de seguida a uma visita guiada à Central de Consultas e Maternidade, remodeladas.
SC/AA
Inforpress/Fim
