Cidade da Praia, 12 Nov (Inforpress) – O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, afirmou hoje, na Cidade da Praia, que a questão da embaixadora russa Natália Poklonskaia para Cabo Verde está a ser discutida ao “mais alto nível” com os responsáveis da Federação Russa.
O chefe do Governo mostrou-se, entretanto, esperançado de que o País irá encontrar a “melhor solução” para o caso da diplomata russa nomeada para representar Moscovo na Cidade da Praia.
Correia e Silva fez essas considerações, ao ser abordado pelos jornalistas à saída do seu primeiro encontro de trabalho com o novo Presidente da República, José Maria Neves.
O primeiro-ministro confirmou à imprensa que Cabo Verde já tinha dado o ‘agreement’ (consentimento) para a embaixadora nomeada pela Rússia, mas que, neste momento, os dois países estão a trabalhar para encontrarem “melhor solução” para o caso.
Instado se teria recebido algum pedido das autoridades russas no sentido de a embaixadora Natália Poklonskaia circular no País com pessoal de segurança armado, negou que isto tivesse acontecido.
“Não fazia sentido que se avançasse para este domínio sem a concretização da representação. Não está concretizada a indicação desta embaixadora [Natália Poklonskaia]”, esclareceu o chefe do Governo.
A ex-procuradora geral da República da Crimeia, Natália Poklonskaia, foi indigitada como nova embaixadora russa em Cabo Verde, depois de fugir do seu país para exilar na Rússia. Crimeia é uma região ucraniana que a Rússia quer anexar alegando que se trata de um território que lhe pertence e, por isso, o governo de Kiev não perdeu tempo para a considerar traidora e lançar uma velada ameaça: “não há como fugir, mesmo em África”.
Para o governo ucraniano, a procuradora-geral na Crimeia, é uma fugitiva procurada pelas autoridades judiciais do seu país natal por vários crimes de traição contra o Estado ucraniano.
“Está sob sanções da Ucrânia, União Europeia, Estados Unidos, Canadá e Japão. Não há como fugir, mesmo em África”, advertiu o governo ucraniano.
LC/CP
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