Cidade da Praia, 09 Nov (Inforpress) – O presidente da Assembleia Nacional alertou hoje as instituições dos diferentes poderes que a vontade popular manifestada nas urnas deve ser respeitada e bem interpretada por todos, particularmente os que têm a responsabilidade de conduzir os destinos do País.
Austelino Correia fez esse alerta no seu discurso de posse do quinto Presidente da República, José Maria Neves, onde realçou ainda que a estabilidade política e social, a paz, a credibilidade e o prestígio de Cabo Verde são “activos intangíveis” de acrescentado valor para o desenvolvimento, que se impõe preservar.
Sem criticar, o presidente do parlamento, que representa o partido do Movimento para a Democracia (MpD), afirmou que Cabo Verde precisa de um Presidente da República com independência, atento à situação do País e do mundo, exemplar na defesa, no cumprimento e no fazer cumprir-se a Constituição da República.
“Um Presidente inclusivo, que se guie pelos princípios do mandato representativo, capaz de uma magistratura activa, criativa e, acima de tudo, construtiva”, acrescentou, realçando que o novo Presidente sem nenhum preconceito deve pôr em causa a expectativa dos cidadãos e nem criar o preconceito de hipotético problema de coabitação política.
Baseando na experiência de José Maria Neves, Austelino Correia diz confiar no seu bom-senso sejam elas bem ou mal-intencionadas.
Por isso, deixou ainda o recado de que a coabitação política não pode meter medo a ninguém, pois, a tradição democrática de respeito pela Constituição, pela separação e interdependência de poderes, pelo funcionamento das instituições, aliada a cultura de diálogo e da procura de entendimentos e construção de consensos, constituem pressupostos básicos para, na diferença e pluralidade, saber-se unir por Cabo Verde.
Lembrou ainda ao recém-empossado que a ingente tarefa em prol do bem comum, fica muito mais facilitada quanto mais tranquilo for o ambiente político e preservado seja o clima de estabilidade social e política do País.
José Maria Neves, 61 anos, foi eleito Presidente da República na primeira volta das eleições presidenciais, realizadas no dia 17 de Outubro, com 51,75% do total dos votos.
O ex-primeiro-ministro (2001 -2016) sucede a Jorge Carlos Fonseca depois deste cumprir dois mandatos como chefe de Estado cabo-verdiano.
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