Porto Novo/Monte Trigo: Revista lusófona destaca contributo da comunidade na penetração das energias renováveis

Porto  Novo, 03 Out  (Inforpress) – A contribuição da comunidade de Monte Trigo, Porto Novo, Santo Antão, desde 2012, na penetração das energias renováveis em Cabo Verde é um dos destaques da edição de Setembro da revista ALER, dedicada a questões ambientais.

A revista lusófona de energias renováveis refere-se aos investimentos que têm sido realizados, nos últimos oito anos, em Monte Trigo, neste sector, os quais contribuíram para a produção durante esses anos de mais de 300 mega watts de energia eléctrica e poupou a utilização de 87 mil litros de combustível de origem fóssil.

Os investimentos evitaram ainda, desde 2012, a emissão de mais de 260 tonelada de dióxido de carbono (CO2), de acordo com a revista.

Monte Trigo, uma aldeia piscatória isolada no interior do concelho do Porto Novo, com cerca de 300 habitantes, dispõe, desde 2012, de uma central fotovoltaica solar com capacidade para 39,3 quilowatts, que tem vindo assegurar a energia eléctrica à comunidade.

De acordo com a revista, a que a Inforpress teve acesso, a central fotovoltaica do Monte Trigo, “embora simbolicamente”, contribuiu, também, para o aumento da penetração das energias renováveis em Cabo Verde, ajudando a conseguir os objectivos do desenvolvimento sustentável.

Monte Trigo foi a primeira aldeia em Cabo Verde electrificada a 100 por cento (%) com energias solar e caminha, “a passos largos”, para ser, também, a “primeira comunidade azul” do arquipélago.

O Governo garante que as condições estão a ser criadas para que Monte Trigo seja declarado, “dentro de pouco tempo”, a primeira comunidade em Cabo Verde “amiga do ambiente e do ecossistema”.

A localidade foi já contemplada com outro projecto no domínio das energias renováveis, ou seja, um sistema com capacidade de mais de 14 quilowatts, instalada na casa de gelo local.

Igualmente, uma equipa técnica do Ministério da Economia Marítima já esteve em Monte Trigo, onde apresentou um projecto que consiste na utilização de propulsão eléctrica nos botes, visando a redução da pobreza, através do uso das energias renováveis.

A tecnologia da propulsão eléctrica, com mais de 20 anos de utilização, consiste num motor eléctrico fora de borda, accionado por um grupo de baterias carregadas com painéis fotovoltaicos.

JM/AA

Inforpress/Fim

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