Porto Novo: Associação alerta para “momento muito difícil” por que passam famílias do Planalto Norte

Porto Novo, 30 Mar (Inforpress) – A Associação Luz Verde do Norte alertou hoje para a situação “muito difícil” por que passam as famílias no Planalto Norte, Porto Novo, Santo Antão, que “não têm o que comer e nem como salvar os seus animais”.

O presidente desta associação, António Lima, exortou  “a quem alguém  de direito que faça alguma coisa para ajudar as famílias do Planalto Norte, antes que seja tarde”, considerando que as cerca de 70 famílias locais vivem “momentos muito difíceis, nunca antes vistos”, nessa zona.

“O Planalto Norte está a viver o pior momento de todos os tempos. Estamos a passar por momentos muito difíceis. Nunca isso tinha passado pela nossa cabeça que um dia podia ser assim”, notou o líder associativo, alertando para a situação de seca severa que se vive nessa localidade, que “piorou” com a pandemia do covid-19.

“Estamos enfrentando uma seca severa, mas agora, como se não bastasse, vem o maldito covid-19. As pessoas estão paradas sem ter nada para fazer perante esta situação”, lamentou António Lima, que disse ter constatado “tristeza no rosto das pessoas, que não têm o que comer”.

“Pedimos a quem de direito que faça alguma coisa para ajudar as famílias do Planalto Norte antes que seja tarde. Temos a certeza de que quem conhece o Planalto Norte sabe muito bem o que estão a passar, neste momento, as famílias”, reforçou a mesma fonte.

Sem ajuda do Governo, da Câmara Municipal do Porto Novo e do Ministério da Agricultura e Ambiente, os 600 habitantes do Planalto Norte “dificilmente vão conseguir viver e nem tão-pouco salvar os animais”, informou ainda o representante da comunidade, que avisou: “temos estado a ser resistentes, mas agora isso já ultrapassou as nossas forças”.

Para António Lima, caso essas instituições tenham “alguma ajuda para o Planalto Norte”, que seja “para hoje, porque amanhã será tarde de mais”.

Em Janeiro, o bispo da Diocese do Mindelo, numa visita ao Planalto Norte do Porto Novo, alertara para o facto de os três anos de seca severa terem deixado os criadores de gado e suas famílias “numa situação de sobrevivência difícil”.

JM/AA

Inforpress/Fim

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