Porto Novo, 14 Nov (Inforpress) – Os líderes de algumas localidades insistiram hoje na necessidade de se reabrir o emprego público em algumas localidades do interior do município do Porto Novo, em Santo Antão, que se deparam com “mais um mau ano agrícola”.
Ribeira das Patas, Alto Mira e Ribeira dos Bodes são algumas das localidades, cujos representantes voltam a pedir a reabertura de frentes de trabalho para “socorrer” as famílias mais afectadas pela seca, que fustiga este concelho há cinco anos seguidos.
Conforme o presidente da Associação de Desenvolvimento Integrado da Ribeira das Patas, Arlindo Delgado, o plano de mitigação dos efeitos da seca em preparação pela autarquia deve incidir na criação de postos de trabalho para “dezenas” de famílias nesta povoação em situação de maior vulnerabilidade.
Na Ribeira dos Bodes, o porta-voz da população, Henrique da Luz, informou que, pelo menos, 20 famílias nesta zona precisam ser socorridas com urgência, por não ter nenhum meio de subsistência.
Em Alto Mira, apesar de ser um vale agrícola, há “muitas famílias” cuja subsistência depende do emprego público, explicou o representante da comunidade, Idarlino Fortes, defendendo a reabertura de frentes de trabalho localmente.
O edil porto-novense, Aníbal Fonseca, admitiu recentemente que Porto Novo e Santo Antão enfrentam “um período extremamente difícil” marcado por cinco anos de seca consecutivos, sendo que este (2021) é “o pior de todos”.
Trata-se de “um período de seca jamais visto” em toda a ilha de Santo Antão, sendo que 2021 é “o pior ano de todos”, alertou este autarca, para quem esta região “um contexto extremamente difícil”, provocada pelos sucessivos maus anos agrícolas.
O delegado do Ministro da Agricultura e Ambiente no Porto Novo, Joel Barros, tinha alertado, no início deste mês, para o facto de que a seca que assola a ilha de Santo Antão nos últimos anos está a ser “impacto marcante” neste município, por causa da sua aridez.
JM/JMV
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