Cidade da Praia, 25 Out (Inforpress) – O presidente da Assembleia Nacional, Jorge Santos, disse hoje que o poder local é o “mais próximo das pessoas e um dos pilares basilares da democracia cabo-verdiana”.
“Ao longo desses 29 anos, o poder local tem cumprido a sua missão para a felicidade dos cabo-verdianos e robustez da nossa democracia”, afirmou Jorge Santos, em declarações à imprensa, após ter votado no campus da Uni-CV, em Palmarejo, lembrando que este pleito eleitoral está a ter lugar num momento em que o País vive uma “grande pandemia”, a de covid-19.
Felicitou os cabo-verdianos, em particular os jovens, pela forma “ordeira e respeitadora de todas as normas sanitárias e propostas recomendadas pelo Ministério da Saúde”.
“O meu apelo é na participação de todos os cabo-verdianos nessas eleições, que respeitem as normas e o distanciamento social”, apelou Santos, exortando às pessoas a continuarem a respeitar as referidas normas depois das eleições.
Para o líder da casa parlamentar cabo-verdiana, é preciso “contenção” no momento dos festejos dos resultados porque, sublinhou, o País está a viver uma situação da pandemia.
Perguntado se o novo coronavírus vai ter algum impacto na abstenção nas presentes eleições autárquicas, respondeu que ainda é uma “incógnita” sobre o impacto deste vírus.
Apesar da situação pandémica, acredita que a população vai “participar massivamente” nestas eleições, diminuindo as taxas de abstenção.
Estas eleições municipais contam com um total de 65 candidaturas, sendo 12 promovidas por grupos de cidadãos independentes e 53 propostas por partidos políticos.
As primeiras eleições autárquicas cabo-verdianas realizaram-se a 15 de Dezembro de 1991. Concorreram dois partidos políticos (o Movimento para a Democracia-MpD e o Partido Africano da independência de Cabo Verde-PAICV) e 14 grupos independentes. É a maior participação de independentes numa eleição autárquica em Cabo Verde.
Quatro grupos de independentes venceram as autárquicas de então, a saber: O Movimento para a Renovação de S. Vicente (MPRSV), encabeçado por Onésimo Silveira; o Grupo Pró Sal (PRO-S), liderado por José Azevedo; o Grupo Independente para o Desenvolvimento do Paul (GIDP), que teve à frente Alcídio Tavares e o Grupo Alternativo para o Desenvolvimento do Maio (GAPDM), comandado por Amílcar Andrade.
Nessa altura estiveram inscritos nos cadernos eleitorais 173.953 eleitores.
LC/DR
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