Pedro Pires diz que voluntariado pode ser um “factor importante” de transformação da sociedade cabo-verdiana

Cidade da Praia, 26 Nov (Inforpress) – O antigo Presidente da República, Pedro Pires, disse hoje que o voluntariado pode ser um “factor importante” de transformação da sociedade cabo-verdiana e da “promoção do seu desenvolvimento social”.

“A Cruz Vermelha de Cabo Verde [CVCV] é a maior instituição de solidariedade social no nosso País e, por isso, as suas responsabilidades são maiores”, afirmou Pedro Pires que, enquanto primeiro-ministro [1975-1991] foi um dos impulsionadores do processo de criação da Cruz Vermelha em Cabo Verde.

Para o antigo Chefe de Estado, a CVCV “deve ter uma visão do futuro”.

“A nossa sociedade, como todas as sociedades estão em contante transformação”, frisou o antigo governante, para quem a transformação das sociedades coloca “novos desafios e novos problemas”.

Na sua perspectiva, a solidariedade social e a responsabilidade social “podem contribuir para a resolução, ou, pelo menos, para a atenuação dos grandes problemas com que nos confrontamos”.

“Numa sociedade pobre como a nossa, a solidariedade e a participação cívica podem ser factores que ajudam a resolver os grandes problemas com que nos confrontamos”, indicou Pedro Pires, acrescentando que o País está num tempo em que “exige o Djunta Mon (juntar as mãos) e a solidariedade”.

“Entre nós, há uma tendência de se ficar á espera.  Temos de deixar de ficar à espera. Temos de fazer acontecer as coisas”, apelou Pedro Pires, ressaltando que “temos de ter a visão do futuro”.

Para o antigo Presidente da República, Cabo Verde, para resolver os seus problemas, devem dar atenção a duas coisas: “solidariedade social e responsabilidade social”.

Recuando no tempo e no espaço, lembrou que a Cruz Vermelha Internacional fora criada com objectivo “muito generoso e fundava-se na humanização das guerras e na defesa do tratamento humano às vítimas, aos feridos e aos prisioneiros de guerra”.

A Cruz Vermelha, sublinhou, deve uma “defensora da dignidade humana e uma promotora da paz universal”.

Por sua vez, Arlindo Soares de Carvalho reconheceu que quando assumiu, em 2017, a responsabilidade pelo destino da Sociedade Nacional da Cruz Vermelha de Cabo Verde, estava consciente dos “enormes desafios” que esperavam a nova equipa, atendendo às condições “pouco animadoras” em que encontrou a instituição.

“Valeram-nos, porém, a determinação e confiança no sucesso dos projectos, programas e acções meticulosamente concebidos para o mandato”, indicou Arlindo de Carvalho, para quem o “perfil invulgar” da equipa que constituiu, bem como o “engajamento, a entrega abnegada e responsável dos membros, colaboradores e voluntários à causa humanitária”, contribuíram para os resultados obtidos.

A XII Assembleia Geral da Cruz Vermelha de Cabo Verde, tem como “propósito essencial” avaliar o percurso do mandato da equipa que ora termina, eleger novos membros para os órgãos centrais da instituição humanitária.

Neste momento, a presença da CVCV faz-se sentir em 19 municípios do País, excepto nos de São Lourenço dos Órgãos (Santiago), Ribeira Grande de Santiago e Santa Catarina do Fogo, mas o presidente cessante prometeu trabalhar no sentido de estas regiões do País terem as suas representações.

Arlindo Soares de Carvalho é candidato único à presidência da CVCV nos próximos quatro anos.

LC/CP

Inforpress/Fim

Facebook
Twitter
  • Galeria de Fotos