Cidade da Praia, 04 Out (Inforpress) – O Partido Popular (PP) anunciou hoje que vai dar entrada no Tribunal de uma contra a Câmara Municipal da Praia, alegando corrupção na gestão de terrenos na capital.
O anúncio foi feito pelo presidente do PP, Amândio Barbosa, à margem da reunião quinzenal do partido, explicando que a acção visa a defesa do património público, e levar ao tribunal dirigentes da autarquia envolvidos no roubo de terrenos.
Conforme apontou, esta questão foi levantada pelo advogado Vieira Lopes, retomada agora por Rui Araújo, na qual avança que só no bairro do Platô foram roubados, em 80 vezes, os terrenos locais.
“Por isso, temos pessoas a construir casas nas ribeiras, sem mínimas condições”, assinalou, ajuntando que a Câmara da Praia se “transformou numa imobiliária de vendas de terreno”.
Outro assunto discutido na reunião do PP é o arquivamento dos processos de Fundo do Ambiente e o caso da venda de terreno que envolve o ex-embaixador da União Europeia em Cabo Verde, José Manuel Pinto Teixeira.
Amândio Barbosa disse que o arquivamento dos dois processos mostra que Cabo Verde está a seguir um caminho de impunidade e corrupção e que os crimes de colarinho branco estão a se tornar prática no País.
O líder do PP avançou também que foram discutidas as reformas milionárias dos dirigentes do Movimento para a Democracia, afirmando que alguns atingem quase 500 contos por mês.
Destacou que num país onde o salário mínimo é de 13 mil escudos e um terço da população vive com 200 escudos por dia, é inadmissível um dirigente ir para a reforma com montantes tão altos.
O Partido Popular durante a sua reunião falou ainda sobre “obras apressadas” feitas pela Câmara Municipal da Praia, nomeadamente asfaltagem nas zonas de Calabaceira e Pensamento.
Sobre esta questão, os populares consideram que essas obras, sem nenhuma preparação, são para “lavar a consciência” dos cidadãos, tendo em conta as eleições que se aproximam.
HR/JMV
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