MpD demarca-se da distribuição de cestas básicas com logótipo do partido e inscrição “MpD-Angola”

Mindelo, 09 Mai (Inforpress) – A secretária-geral do Movimento para a Democracia (MpD, poder) disse hoje que o partido demarcar-se da distribuição de cestas básicas cujos sacos, contendo géneros alimentares, ostentavam um autocolante com o logótipo do Partido e a inscrição “MpD-Angola”.

Num comunicado enviado à redacção da Inforpress, Filomena Delgado afirmou que o partido entende que, neste momento, “todos são poucos para ajudar os que mais precisam”, pelo que “ser solidário não deve constituir um problema” para quem quer que seja e para qualquer tipo de instituição ou organização, mormente os partidos, pelas suas responsabilidades políticas e, também, sociais.

Todavia, sustentou que é um “problema grave a ostentação da solidariedade”. Por isso, a organização partidária repudia, “com toda a veemência”, qualquer tentativa neste sentido.

“O MpD, por uma questão de coerência e pelo respeito aos valores e princípios que apregoa, que sobretudo defende e vivencia, e, ainda, pelo respeito aos nossos concidadãos emigrantes cabo-verdianos em Angola, demarca-se da distribuição de cestas básicas cujos sacos, contendo géneros alimentares, ostentavam um autocolante com o logótipo do Partido e a inscrição “MpD-Angola”, lê-se no comunicado.

Para a secretária geral do MpD, “a solidariedade é um acto nobre e louvável” e “não é compaginável nem com ostentação, nem com manipulação de pessoas”.

“O MpD, enquanto partido com uma forte cultura de responsabilidade, não podia deixar de publicamente manifestar o seu desacordo, desapontamento e distanciamento do que entende ser práticas que não abonam a nossa democracia”, ajuntou Filomena Delgado.

A responsável apelou a todo o sistema MpD que cumpram “escrupulosamente” as orientações anteriormente emanadas que, acrescentou, são “suportadas nos valores” que orientam o partido desde a sua fundação e que “sempre foram bem acolhidas pelos cabo-verdianos”.

“Que continuemos a ser solidários, mas sempre respeitando a dignidade das pessoas, valorizando a solidariedade como um acto íntimo e que, em nenhuma circunstância, deve ser utilizado como meio de ostentação ou de condicionamento da liberdade de escolha dos nossos concidadãos”, arrematou a Secretária-geral do Movimento para a Democracia.

CD/JMV

Inforpress/Fim

Facebook
Twitter
  • Galeria de Fotos