Ministro visita “Sucupira” e promete acelerar o processo de apoio às vítimas das cheias de 12 de Setembro (c/áudio)

Cidade da Praia, 16 Out (Inforpress) – O ministro Luís Filipe Tavares visitou hoje os feirantes de “Sucupira” do sector de mobiliário, onde ouviu reclamações das vítimas das recentes cheias que reclamam pelo apoio do executivo, mas o governante prometeu “acelerar” o processo.

“O Governo esqueceu-se de nós e as promessas feitas ainda não chegaram, excepto alguns colegas que foram contemplados com a ajuda do Governo”, este era o desabafo dos feirantes com quem o ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades dialogou na feira de “Sucupira”, a maior do país.

Os feirantes confrontaram o ministro com situações atinentes ao atraso e o “excesso de burocracia” na obtenção de empréstimos junto de instituições de crédito, a fim de refazerem as suas vidas, tendo Luís Filipe Tavares manifestado a sua solidariedade para com eles, prometendo, entretanto, que a partir de segunda-feira, 19, começarão a sentir o efeito desta visita.

“Eu sei a situação por que estão a passar com a perda das vossas mercadorias, porque, enquanto criança, cheguei a transportar tabuleiros de bolos à cabeça para ajudar a minha mãe nos seus negócios”, comentou o chefe da diplomacia cabo-verdiana, que deixou uma palavra de “esperança e confiança” aos feirantes.

Assegurou que, a partir de segunda-feira, os que ainda não foram contemplados com o “apoio de solidariedade” do Governo começam a recebê-lo, independentemente da linha de crédito que o executivo está a colocar à disposição dessas pessoas, porque, disse, “perderam praticamente tudo”.

“São pequenos créditos para constituírem o fundo e levantar de novo os seus negócios”, indicou Luís Filipe Tavares, acrescentando que o montante a se disponibilizar será em função das necessidades de cada um.

Na feira de “Sucupira”, mais concretamente na área do mobiliário, muitos dos operadores económicos laboram ali há mais de 20 anos e, de um momento para outro, perderam quase tudo por causa das cheias de 12 de Setembro que invadiram o espaço onde expõem e vendem as suas mercadorias.

“Se há dinheiro, é preciso que seja disponibilizado na hora, porque estamos a precisar”, pediu Osvaldino Moreira que há mais de 20 anos trabalha na “Sucupira” que, de acordo com as suas palavras, teve um prejuízo “superior a 600 contos”, assim como Adilson Almeida que, também, revelou, a sua perda atinge um montante idêntico.

“Essas gentes tiveram prejuízos enormes por causa das chuvas de 12 de Setembro e o Governo está a criar as condições para implementar uma linha de crédito junto da Citi-Habita e da Caixa Económica para ajudar estas pessoas a retomarem as suas actividades económicas”, garantiu o ministro, em declarações à imprensa, à margem da visita.

Asseverou aos jornalistas que foi à “Sucupira” para “reafirmar o compromisso” do Governo em apoiar os operadores económicos que perderam quase tudo na sequência das fortes chuvas  de Setembro.

“Vim cá para ouvir deles [os feirantes] aquilo que são as dificuldades por que passam no dia-a-dia e vou trabalhar com os meus colegas do Governo no sentido de acelerarmos o processo e disponibilizar o dinheiro às pessoas para poderem retomar as suas actividades económicas”, precisou o governante.

“Vou levar vários recados para o Governo e, também, já assumi várias responsabilidades”, concluiu o responsável pelo departamento governamental dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, que prometeu voltar à “Sucupira” para não ouvir queixas, mas sim para constatar que as pessoas já estão a retomar os seus negócios “sem problemas”.

LC/FP

Inforpress/Fim

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