Porto Novo, 24 Nov (Inforpress) – O ministro Adjunto do Primeiro-Ministro para Juventude e Desporto, Carlos Monteiro, previu hoje, em Santo Antão, a criação, nos próximos dois anos, da base que vai definir o futuro do desporto em Cabo Verde.
“Temos que conseguir nos próximos dois anos criar a base que vai definir o futuro do desporto em Cabo Verde. Isso só é possível com uma reflexão, a nível de Cabo Verde, do desporto, para percebermos qual é o ponto estruturante a mudar de uma vez por todas”, notou o governante.
O ministro, que se encontrava reunido com as associações desportivas e juvenis do Porto Novo, no término de uma visita de três dias a Santo Antão, manifestou a disponibilidade de apoiar, neste âmbito, os agentes desportivos nesta ilha a reflectir sobre o desporto local, dentro de um contexto global.
Durante a estada de Carlos Monteiro em Santo Antão surgiu a ideia de realização de um fórum sobre o desporto nesta ilha e o Governo, através do Instituto do Desporto e Juventude (IDJ) está disponível para apoiar na organização desse evento “para pensar o desporto”.
O ministro disse que, através do IDJ, está “disponível” para trazer a Santo Antão conferencistas internacionais para ajudar a reflectir sobre o desporto, desde que seja uma reflexão que tenha em conta a posição de Cabo Verde no desporto mundial.
Para “impactar as coisas localmente”, há que “pensar o desporto a nível global”, ou seja, “qual a posição de Cabo Verde no desporto mundial, o que é preciso para o desporto cabo-verdiano ter sucesso e o que é preciso fazer em Santo Antão para que a ilha seja parte fundamental do sucesso do desporto nacional”, explicou Carlos Monteiro.
“Chamo atenção que, hoje em dia, se quisermos transformar as coisas localmente temos que pensar a nível global, ou seja, qual a posição de Cabo Verde no desporto mundial, o que é preciso para o desporto cabo-verdiano ter sucesso e o que é preciso fazer em Santo Antão para que a ilha seja parte fundamental do sucesso do desporto cabo-verdiano”, sublinhou.
O IDJ vai apoiar a realização do fórum, mas que “seja algo feito para além daquilo que normalmente faz-se no dia a dia”, ou seja, reclamando a manutenção de uma placa desportiva, de arrelvamento de um campo de futebol ou de falta de um apoio financeiro, adiantou o ministro, para quem “isso não muda a paradigma do desporto em Cabo Verde”.
Para o governante, Cabo Verde precisa criar a base que vai definir o futuro do desporto nacional, que passa pela identificação, através de uma reflexão, dos problemas estruturantes, para que as coisas mudem de forma definitiva.
Carlos Monteiro referiu-se à questão do financiamento e de sustentabilidade como “um défice do desporto em Cabo Verde” e defendeu a necessidade “urgente” de se rever o estatuto do agente desportivo, que deve ser alargado a árbitros e técnicos, com vista a definir “algumas regalias” para aqueles que fazem o desporto, no País.
JM/CP
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