“Menos álcool, mais vida”: 17% da população reduziu frequência e quantidade consumida ou parou de beber com campanha – INE

Cidade da Praia, 29 Out (Inforpress) – Dezassete por cento da população cabo-verdiana reduziu a frequência e quantidade consumida de bebidas alcoólicas ou parou de beber com a campanha “Menos álcool, mais vida”, e 21% diminuiu a frequência e a quantidade com a covid-19.

Estes dados foram divulgados hoje pelo técnico do Instituto Nacional das Estatísticas (INE) Ulisses da Cruz durante a apresentação do “Inquérito sobre os impactos da campanha ‘Menos álcool mais vida’ e da pandemia da covid-19 no consumo de bebidas alcoólicas”.

Tirando as principais conclusões do estudo realizado pelo INE, o técnico apontou que 45% da população consumiu bebidas alcoólicas nos últimos 12 meses.

Com a campanha “Menos álcool, mais vida”, indicou, 82% dos que consumia bebidas alcoólicas não alterou o seu hábito de consumo, 4% reduziu a sua frequência, 9% reduziu a quantidade consumida, 4% parou de beber, um total de 17%.

No que tange a covid-19, apontou que 71% não alterou seu hábito de consumo, 21% diminuiu a frequência e a quantidade consumida e 5% aumentou a frequência e a quantidade consumida e 2 % parou de consumir bebidas alcoólicas.

Sobre a nova lei do álcool, conforme assinalou, 57 % já ouviu falar da nova lei, 94% concorda com a lei, por outro lado, no concernente à campanha “Menos álcool, mais vida”, citou que 95% já ouviu falar da campanha e 98% concorda com a campanha.

De acordo com os dados do INE, cerveja é a bebida mais consumida pelos cabo-verdianos cerca de 66%. E as pessoas que tiveram o primeiro contacto com bebidas alcoólicas foi por motivo de curiosidade e o sexo masculino apresenta uma taxa pouco mais elevada em relação ao sexo feminino.

O estudo foi feito de 15 a 31 de Agosto último, a metodologia usada foi entrevista telefónica.

Por sua vez, o coordenador da campanha “Menos álcool, mais vida”, Manuel Faustino, destacou o “importante contributo” da rádio, da televisão e internet, que têm sido os “grandes instrumentos” de divulgação da campanha.

“Outro aspecto que eu gostaria de destacar é que o estudo diz que 17% das pessoas que consomem bebidas alcoólicas, alteraram a sua relação com o álcool, ou pararam de beber (4%) ou reduziram a frequência (9%) e quantidade (4%) devido a campanha, a soma é de 17%,”, constatou.

Para este responsável estes dados são “extremamente importantes”, tendo frisado que se forem combinadas as medidas de controlo, com medidas educativas e de divulgação, provavelmente conseguir-se-á caminhar de forma “mais sólida” nesta luta contra o uso abusivo de álcool.

TC/AA

Inforpress/Fim

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