Maio: Associação de Pescadores Vindos do Norte exige reinstalação dos dois faróis inactivos “há mais de 30 anos”

Porto Inglês, 25 Out (Inforpress) – A Associação de Pescadores Vindos do Norte estranhou hoje a paralisação das obras de reinstalação dos dois faróis inactivos “há mais de 30 anos”, cujos trabalhos se iniciaram há mais de três anos, e exige uma explicação.A preocupação foi manifestada pelo representante da associação, Marcelino Santos, para quem a segurança, principalmente à noite, “é fundamental” para que os pescadores possam exercer as suas funções “sem grandes constrangimentos”.

Os faróis, prosseguiu, ajudam neste sentido,  por isso estranhou esta atitude das autoridades com responsabilidade neste sector em não avançar com os trabalhos e sua conclusão.

Segundo Marcelino Santos, “não faz sentido” o estado em que se encontram os dois faróis considerados como “os mais importantes” da ilha, uma vez que se deu início aos trabalhos no farol de Ponta Cais, mas passado alguns dias foi “abandonado”, já se passaram “mais de três anos e a situação mantém-se na mesma”.

Para aquele representante da classe dos pescadores do norte da ilha, o Instituto Marítimo e Portuário (IMP) já foi contactado “várias vezes” sobre esta situação, mas até então “não deu nenhuma explicação”, apesar de ter feito “um grande esforço financeiro”, ao contratar uma empresa construtora para instalar os dois faróis e consertar os que estão avariados.

Aliás, frisou, que o farol da baía de Baxona encontra-se avariado há vários meses, para preocupação dos pescadores.

Lembrou por outro lado, que os  faróis são instrumentos de auxílio, tanto para os pescadores de embarcação de boca aberta como para as embarcações semi-industriais e da marinha mercante, salientando que os faróis fazem “muita falta” aos pescadores, principalmente aquele que funcionava no norte da ilha.

Tratava-se, explicou, de um ponto de referência para os pescadores que fazem a pesca a noite e também aos que se deslocam para os bancos de peixes mais distantes.

Conforme avançou, ainda nem todos os pescadores estão com disponibilidade de adquirirem os instrumentos de pesca como GPS, bússola ou sonda, algo que é do conhecimento, como disse, do ministro da Economia Marítima, Paulo Veiga, pelo que esperam ver mais uma vez esta situação “o quanto antes”.

Para aquele representante, um outro aspecto que tem vindo a preocupar os pescadores da vila da Calheta é ausência de um arrastador, ressalvando que a praia de Ribona representa perigo quando os botes partem ou regressem da faina, devido ao acumulo de pedras no local.

“O assunto é do conhecimento do Governo, através do ministro da Economia Marítima, que deixou uma garantia neste sentido, mas já se passou algum tempo e continuamos à espera da construção desta infra-estrutura”, finalizou o presidente da Associação de Pescadores Vindos do Norte.

WN/AA

Inforpress/Fim

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