Assomada, 12 Out (Inforpress) – A líder do PAICV questionou hoje a qualidade das obras executadas pelas câmaras suportadas pelo Movimento para a Democracia (MpD, poder), afirmando que grande parte foram feitas sem concurso e fiscalização daí a “má qualidade” das mesmas.
Janira Hopffer Almada falava à imprensa, após ter visitado as obras da orla marítima de Ribeira da Barca, em Santa Catarina, orçadas em mais de 27 mil contos e inauguradas em Outubro 2019, onde tomou as mesmas como exemplo de uma das de “má qualidade” que na primeira chuva caiu.
“Temos dito sempre que é preciso fazer obras com qualidade e estruturantes, mas, sobretudo, feitas com fiscalização e controlo, porque o que está em causa é o dinheiro dos contribuintes, de todos os santa-catarinenses, dos cabo-verdianos”, reiterou a presidente do maior partido da oposição.
Nesse sentido, questionou se tem havido concursos para fiscalização, quem tem fiscalizado as obras que têm sido feitas pelas câmaras municipais suportadas pelo MpD, advertindo que “é preciso prestar contas”.
A propósito, informou que o relatório da Autoridade Reguladora das Aquisições Públicas (ARAP) demonstrou que grande parte das obras vem sendo feita sem concurso público, ou seja, por ajustes directos.
Tal medida, segundo ela, preocupa o seu partido por demonstrar “falta de transparência na gestão da coisa pública e falta de rigor”.
“E num país com tantas dificuldades, com tantas carências, e onde os recursos financeiros não abundam é preciso ter-se atenção à forma como se gasta o dinheiro, em quê se gasta o dinheiro, mas, sobretudo, que o dinheiro seja bem gasto”, concretizou a líder do PAICV.
Entretanto, sobre as obras da requalificação da orla marítima de Ribeira da Barca, cuja chuva fez cair uma parte da parede do parque infantil e deixou fissuras na ponte área, a Inforpress constatou no local que se está a fazer obras de recuperação das mesmas.
FM/ZS
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