Porto Novo, 22 Abr (Inforpress) – Erico Pinheiro Fortes, um jovem natural do concelho do Porto Novo, em Santo Antão, proprietário da empresa PrimeBotics, sediada em São Vicente, está a apostar na construção de grandes drones para serem utilizados na agricultura e reflorestação.
Erico Fortes disse à Inforpress que está, nesta altura, a proceder a ajustes nos drones e espera “para breve” efectuar os testes, que acreditam vir a apresentar “resultados satisfatórios”.
Avançou que, “por enquanto”, está a trabalhar e a fazer ajustes nos drones e espera efectuar testes com resultados satisfatórios e, assim, dar o seu “contributo”, criando soluções tecnológicas para ajudar os agricultores e as organizações governamentais ligadas à agricultura e educação em Cabo Verde.
Além de construção de grandes drones para serem utilizados na agricultura e na reflorestação, este técnico, que actua no ramo da robótica, através da sua empresa, criada em 2019, com o apoio da fundação Tony Elumelu, aposta ainda no desenvolvimento de pequenos robôs para fins educacionais e no design/impressão 3D.
Num projecto original, os seus drones, que conseguem viajar “longas distâncias” (o maior consegue transportar até cinco quilogramas) estão a ser preparados para utilizar o mecanismo de pulverização de pesticidas e fertilizantes para distribuir desinfestantes em possíveis áreas contaminadas.
Também, para o transporte rápido de espécimes para análise, materiais médicos, medicamentos, de entre outros bens, para populações isoladas.
Confirma que os drones, além de conseguir viajar grandes distâncias, têm sistema de navegação GPS, comunicação DataLink e podem ser operados com controlo remoto ou de forma autónoma.
O projecto de Erico Fortes tem merecido largados elogios por parte da sociedade cabo-verdiana, que o incentiva a continuar a desenvolver esse tipo de soluções em prol de Cavo Verde.
Numa altura em que Cabo Verde está a enfrentar a pandemia de covid-19, Erico Fortes decidiu utilizar impressoras 3D para produzir viseiras e óculos de protecção, que foram doados aos hospitais em São Vicente e na sua ilha natal (Santo Antão).
Este jovem, contactado pela Agência Cabo-verdiana de Notícias, escusou-se a avançar a quantidade de viseiras e óculos doados às estruturas de saúde, considerando que “quando se está a falar de ajudas, os números não são mais importantes”.
JM/ZS
Inforpress/Fim