Impacto da covid-19 nos direitos das crianças leva dirigentes do ICCA e da Unicef à ilha do Maio  

Porto Inglês, 02 Nov (Inforpress) – A presidente do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA)  e representante da Unicef iniciam hoje uma visita de dois dias ao Maio para se inteirarem do impacto da covid-19 na realização dos direitos das crianças.

Segundo o coordenador do gabinete do ICCA na ilha do Maio, Mário Fernandes, esta visita enquadra-se no âmbito do plano de trabalho anual entre o Escritório Conjunto do UNDP, UNFPA e o Unicef em Cabo Verde e o ICCA, ano 2021, em que estão planificadas  missões de terreno para a avaliação do estado de implementação das acções do referido plano e o seu impacto no cumprimento dos direitos das crianças nas diferentes ilhas e municípios.

A mesma deslocação, afiançou aquele responsável, vai servir para avaliarem o impacto da covid-19 na realização dos direitos das crianças, bem como sensibilizar os agentes turísticos e outros operadores na prevenção e combate à violência sexual.

Salientou ainda que a crise provocada pela covid-19 terá “consequências sem precedentes” para a vida das crianças e que ultrapassam, “em muito”, a área da saúde.

A realização dos direitos à educação, saúde e sobrevivência são “especialmente importantes” porque a sua ausência ou fragilidade trazem “um prejuízo profundo” ao desenvolvimento da criança.

A mesma fonte lembrou que  a pandemia provocou uma “mudança radical e súbita” na vida das pessoas, com impacto económico, político, social e emocional, que podem “ainda ser imprevisíveis até o momento”.  

Neste sentido, a missão conjunta constituída pela presidente do ICCA e representante da Unicef vai avaliar o estado da implementação das acções numa óptica do cumprimento dos direitos das crianças, o impacto da covid- 19 na protecção das crianças na ilha do Maio e mobilizar o sector turístico, visando o seu engajamento na prevenção e combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes.

Por outro lado, informou que  se pretende  implementar um novo Plano de Combate a Violência e Abuso Sexual contra Crianças e Adolescentes 2022-2024, daí tornar-se “fundamental mobilizar e engajar os parceiros” que actuam no sector da infância na sua  implementação, como forma de fortalecimento da rede de alianças e sistema de articulações nacionais, regionais e locais de combate à violência sexual.

Durante o dia de hoje, a comitiva vai manter contactos com os diversos parceiros, e, para quarta-feira, 03, prevê-se, a partir das 09:00, um encontro  com todos os parceiros daquela instituição na ilha do Maio.

WN/AA

Inforpress/Fim

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