Cidade da Praia, 11 Nov (Inforpress) – Os inspectores da IGAE e a Direcção -geral do Planeamento Orçamento e Gestão (DGPOG) reuniram-se hoje à margem da greve, mas não houve nenhum consenso entre as partes, daí que os colaboradores entenderam prosseguir com a greve.
A reunião, que decorreu na Cidade da Praia, durou mais de duas horas, no entanto os inspectores e a DGPOG e o Ministério de Energia e Comércio não chegaram a um “acordo plausível”, pelo que a greve de 38 horas será mantida pelos inspectores em todas as ilhas, Santiago, São Vicente e do Sal.
A greve, que teve início hoje e vai até sexta-feira, 12, as 22:00, foi anunciada esta quarta-feira, 10, pelo presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Pública (Sindetap), Domingos Barbosa, e vem na sequência da assembleia-geral dos inspectores da IGAE, que exigem a publicação da lista de transição e grelha salarial.
Segundo presidente do Sindetap, existem ainda “algumas irregularidades” nesta lista que “precisam ser reparadas”, sendo que o salário “não corresponde, por que houve um corte de 20%”.
Segundo o responsável, há também cinco técnicos da IGAE em regime de prestação de serviço há mais de cinco anos, esperando a regularização da sua situação.
Estes técnicos, lamentou Barbosa, não dispõem ainda nem de cobertura de segurança social e nem de segurança obrigatória de trabalho.
Por sua vez, em declarações à imprensa, a inspectora Ineida Orrico, que representa a classe, avançou que a direcção da DGPOG “não deu nenhuma resposta concreta” de quando a situação dos inspectores será resolvida.
“A representação da DGPOG presente na reunião não tem poder de decisão então decidimos avançar com a greve e esperamos uma resposta deles para depois vermos outra forma de renegociar”, reforçou Orrico.
A inspectora diz esperar que até fim deste mês esta situação seja resolvida, caso contrário irão enviar mais um pré-aviso de greve, a agendar para o mês de Dezembro.
O director geral da DGPOG, Francisco Moreira, presente na reunião, escusou-se a prestar declarações à imprensa sobre este facto.
TC/AA
Inforpress/Fim
