Governo garante estar a tomar um conjunto de medidas para aliviar os impactos do aumento do preço de combustíveis

Cidade da Praia, 02 Nov (Inforpress) – O vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, garantiu hoje, na Cidade da Praia, que o Governo está a tomar um conjunto de medidas capazes de aliviar os impactos do aumento do preço dos combustíveis no rendimento das famílias cabo-verdianas.

Olavo Correia deu esta garantia em declarações à imprensa, à margem da apresentação dos resultados da Oferta Particular de Subscrição do empréstimo Obrigacionista da Associação Nacional dos Municípios Cabo-verdianos, ao ser questionado sobre que medidas o Governo está a tomar para diminuir o impacto do aumento dos preços dos combustíveis em 60,7%.

O Governante começou por dizer que Cabo Verde está a viver hoje as consequências do aumento do preço no mercado internacional, que tem havido uma disrupção praticamente a nível da cadeia logística, tendo provocado o aumento de preço dos produtos alimentares, mas também dos produtos energéticos.

“Mas, o Governo tem estado a tomar um conjunto de medidas para aliviar, digamos assim, esse impacto do preço no rendimento das famílias, nomeadamente a tarifa social para a energia e água. Em relação à energia, hoje as famílias que estão no Cadastro Social único, classe 1 e 2, nós cobrimos até 50% da sua factura energética. Em relação à água até 30 %, reduzimos o IVA de 15 para 8% para água e para energia e vamos continuar a trabalhar as medidas adicionais para que possamos ter um alívio”, asseverou.

Segundo ele, a abordagem do Governo “é esta, não podendo, obviamente, reduzir a zero esse impacto”, no entanto garantiu que a preocupação do Governo é de evitar que haja “um forte aumento e um forte impacto” sobre rendimento das famílias e sobre as condições de vida das famílias.

“Lá onde for possível, o Governo tudo fará para que isso aconteça”, prometeu o vice-primeiro-ministro, sublinhando que o País está a viver uma recessão económica muito forte em 2021.

“Cerca de 15 % em 2020, 2021 uma dinâmica também de retração da actividade económica. Significa que o país está num cenário de retração económica, temos sentido uma redução muito forte das receitas públicas (…), indicou.

“O PIB reduziu rapidamente e não havia como fazer face a isso,  o rácio tinha de deteriorar, mas aí aumentamos a dívida pública para fazer face às consequências da pandemia da covid-19”, acrescentou.

Nesta senda, admitiu que o contexto macroeconómico é “desafiante” para os próximos anos e além disso Cabo Verde está agora a ser confrontado com uma escalada de preços no plano internacional.

“Portanto, temos que ter a noção exacta do momento em que estamos a viver, uma sessão de restrição de dificuldades económicas e financeiras, mas também de dificuldade que tem a ver com a importação de preços no mercado internacional”, apontou, assegurando que Governo está a trabalhar para encontrar as “melhores soluções” , com o apoio de todos os cabo-verdianos, porque o momento, comentou, exige compromisso e colaboração e cooperação de todos.

Instado sobre a proposta do Orçamento geral do Estado a ser apresentado, o mesmo avançou que o Governo vai apresentar uma proposta de orçamento de Estado com intervenção “muito forte” nas áreas de saúde pública, segurança sanitária, económicas e sociais.

“É um orçamento inclusivo, que olha para as famílias mais pobres, para a retoma económica e para o futuro da economia cabo-verdiana, por forma a ter também um quadro económico cada vez mais estável e equilibrado que possa atrair investimentos do estrangeiro, investimento de privados para acelerar a dinâmica do crescimento da nossa económica”, concretizou.

Frisou ainda que neste contexto, o Governo tem que fazer as reformas estruturais a nível do Estado, do sector empresarial do Estado, a nível da governança central e municipal, a nível das empresas, visando aumentar o potencial do crescimento da economia de Cabo Verde.

TC/JMV

Inforpress/Fim

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