São Filipe, 27 Nov (Inforpress) – O Ministério da Saúde vai avançar com o Centro de Cuidados Paliativos Nossa Senhora da Encarnação, cuja construção foi iniciada há cerca de quatro anos pela Fundação Padre Ottavio Fasano.
O secretário de Estado-Adjunto do Ministro da Saúde, Evandro Monteiro, em declarações à Inforpress, indicou que há dois meses, deslocou-se a Itália neste âmbito e que o ministério irá avançar com o serviço de cuidados paliativos e que o centro de referência vai estar na ilha do Fogo.
“Já criamos, a nível central, uma equipa de trabalho com responsáveis e pontos focais ligados ao cuidado paliativo para dinamizar, ainda mais, todo este processo, e temos marcado uma reunião com o presidente da associação, no sentido de trabalhar para o quanto antes tenhamos este centro qualificado e diferenciado de respostas que pretendemos dar à população cabo-verdiana”, referiu o governante.
Segundo Evandro Monteiro, já foi desenhada a parte formativa, que terá duas fases, uma a nível local e outra na Itália para capacitar, cada vez mais, os profissionais desta área para responder a problemática envolvendo os cuidados paliativos e que vai permitir qualificar as respostas.
O Centro de Cuidados Paliativos da ilha, o primeiro do género em Cabo Verde, deveria entrar em funcionamento há cerca de dois anos, mas a pandemia da covid-19 bloqueou e adiou a conclusão das obras e o início do seu funcionamento.
O centro, aquando da sua apresentação, o quarto no continente africano e o primeiro em Cabo Verde e na Costa Ocidental Africana, é um projecto da Associação de Solidariedade e Desenvolvimento (ASDE), que foi transformada na Fundação Padre Ottavio Fasano, em parceria com a Fundação FARO, uma organização sem fins lucrativos de Turim (Itália) que, há mais de 30 anos, vem prestando cuidados paliativos de qualidade aos doentes e às suas famílias, diminuindo o sofrimento físico e existencial daqueles que já só esperam a morte.
Na altura, o Ministério da Saúde criou uma equipa para fazer abordagem sobre o funcionamento do centro e para delinear a partilha e coresponsabilidade, e analisar a forma de montar o centro de forma que tenha a sustentabilidade no tempo.
JR/CP
Inforpress/Fim