Fogo: Antiga instalação do hospital será remodelada para acolher delegacia de Saúde e centro saúde urbano – Secretário de Estado-adjunto

São Filipe, 26 Nov (Inforpress) – As instalações do antigo hospital de São Filipe, construído há mais de 70 anos, vão ser remodeladas para acolher a delegacia de Saúde de São Filipe e o centro de saúde urbano.

A informação foi avançada à Inforpress pelo secretário de Estado-adjunto do ministro da Saúde, Evandro Monteiro, que está a visitar as estruturas sanitárias nos três municípios da ilha do Fogo.

Segundo Evandro Monteiro, há pouco mais de dois meses uma equipa dos Ministérios da Saúde e das Infra-estruturas, fez o levantamento para posterior remodelação das instalações, onde funciona neste momento a delegacia de Saúde, no sentido de dotá-la de melhores condições, não só físicas mas também de equipamentos.

“O objectivo principal é transformar o espaço, na delegacia de Saúde e num Centro de Saúde com alguma capacidade de diagnóstico, para, numa primeira fase, melhorar o serviço laboratorial com a criação de um pequeno espaço de diagnóstico, ecografia e serviço de radiologia para cumprir o papel de centro de Saúde urbano”, advogou.

O futuro centro, explicou, funcionará no período da tarde, já que a ideia é reforçar a questão de atenção de cuidados primários de Saúde no município de São Filipe.

Outro papel importante do centro de Saúde urbano, segundo Evandro Monteiro, é diminuir a afluência de pacientes ao serviço de urgência do hospital regional São Francisco de Assis, libertando o estabelecimento hospitalar para cuidados secundários e terciários, daí que o ministério pretende concretizar esta iniciativa o quanto antes.

Outro projecto previsto tem a ver com a remodelação do espaço da antiga maternidade visando a instalação da Secretaria de Estado, cujo processo está mais avançado e a previsão é para estar funcional nos primeiros meses de 2022.

A equipa local está identificada, faltando apenas a questão de oficialização para que Secretaria de Estado na ilha do Fogo, que no dizer do mesmo, “é um ganho importante”, comece a funcionar, permitindo reforçar as respostas sanitárias que se pretende dar à ilha, à região sanitária e a todo o país, a partir do Fogo.

Da visita ao São Francisco de Assis e do encontro com a equipa directiva, o secretário de Estado-adjunto destacou a sua organização e com uma orgânica funcional e realização de trabalho técnico para discussão de casos clínicos mais importantes.

O conselho de administração, que será empossado dentro de dias, já tem todos os elementos integrados, nomeadamente, a directora, a direcção clínica, a parte administrativa, o responsável da farmácia, o que irá proporcionar um trabalho técnico adequado e respeitando os normativos.

A direcção, explicou, defende que as respostas nos serviços de urgência sejam dadas exclusivamente pelos próprios profissionais do hospital, tendo em conta que o Governo reforçou a estrutura com mais médicos e que outros chegarão nos próximos tempos de modo a ter mais autonomia.

Evandro Monteiro destacou ainda os investimentos feitos no laboratório com a instalação e funcionamento de “bons equipamentos” que permitem a realização de exames que anteriormente não eram possíveis.

“São respostas adequadas que se pretende a nível das estruturas regionais para que sejam capazes de responder às demandas nas regiões e nas suas estruturas com equipas médicas e técnicos”, referiu o secretário de Estado-adjunto, sublinhando que com isso não se vai eliminar a transferência de doentes, mas criam-se as condições para terem autonomia de respostas.

O São Francisco de Assis vai ser reforçado com um aparelho de radiologia moderno e digital que está em processo de aquisição, que não só irá facilitar as respostas, em termos de número, mas também de qualidade já que a imagem é superior.

Além disso, deverá ser reposta nas próximas semanas as equipas de especialistas cubanos que terminaram a missão ou foram de férias.

Por outro lado, o secretário de Estado-adjunto avançou que o ministério pretende implementar uma “medida de peso” que passa pelo reforço e criação de mecanismos de mobilização interna dos especialistas nas estruturas regionais e nos hospitais centrais, em articulação com todos os conselhos administrativos dos próprios hospitais.

Esta medida de facilitação da mobilidade dos especialistas entre as estruturas tem por objectivo criar acessibilidade para responder às dificuldades ainda existentes porque nem todas as estruturas periféricas têm especialistas e o ministério pretende levar os serviços de especialidade às pessoas com os recursos endógenos.

JR/HF

Inforpress/Fim

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