CVA espera que abertura das fronteiras seja “primeiro passo da longa viagem” para o renascimento das viagens e do turismo

Cidade da Praia, 14 Out (Inforpress) – A Cabo Verde Airlines (CVA) disse, num comunicado assinado pelo seu presidente do Conselho de Administração, esperar que abertura das fronteiras seja primeiro passo da longa viagem para o renascimento das viagens e do turismo.

“A Cabo Verde Airlines considera a súbita abertura das Fronteiras de Cabo Verde como um primeiro passo emocionante na longa viagem que se avizinha para revigorar a indústria do turismo e a economia nacional de Cabo Verde”, lê-se na missiva divulgada na internet.

No mesmo comunicado, assinado por Erlendur Svavarsson, a companhia aérea diz ainda esperar ser parte integrante dessa viagem, completando que “com passos cuidadosos e medidos”, se chegará ao fim desta “tumultuosa expedição”, ligando mais uma vez quatro continentes através do “hub” das companhias aéreas na ilha do Sal.

“Reconhecemos que a inesperada reabertura das fronteiras é apenas o primeiro passo da longa viagem para o renascimento das viagens e do turismo e, consequentemente, da economia local em Cabo Verde”, prosseguiu, completando que, “lamentavelmente”, se constatou que a maioria dos principais mercados e segmentos e grupos de passageiros tradicionalmente servidos pela CVA ainda permanecem inacessíveis, uma vez que a maioria desses passageiros se abstém de reservar voos para Cabo Verde devido às elevadas taxas de infecção, tanto a nível mundial como local.

A CVA diz ser ainda “lamentável” que, no mesmo dia em que é anunciada a abertura da fronteira, Cabo Verde registar o maior número de casos de covid-19 jamais registados no País num dia.

“Isto irá reduzir o incentivo para os turistas escolherem Cabo Verde como destino de férias. A redução do número de infecções por covid-19 continuará consequentemente a ser uma prioridade máxima para todos os habitantes do arquipélago. Este é um enorme empreendimento que exigirá solidariedade e cumprimento de todas as medidas sanitárias e de controlo de infecções relacionadas com a pandemia”, prosseguiu.

A Cabo Verde Airlines disse ainda estar a envidar todos os esforços para assegurar que o regresso das operações eficientes e fiáveis com uma diferença, assim que o ambiente comercial e a situação pandémica tenham diminuído.

“A abertura de fronteiras estrangeiras e o aumento dos fluxos de passageiros serão as principais métricas para essa decisão”, finalizou.

Cabo Verde retomou esta segunda-feira, 12, os voos comerciais internacionais, com os visitantes e turistas obrigados a apresentação de resultado negativo do teste PCR à covid-19, antes do embarque para o arquipélago, uma decisão tomada pelo Governo na última reunião do Conselho de Ministros.

Em Março de 2019, o Estado de Cabo Verde vendeu 51% da então empresa pública TACV (Transportes Aéreos de Cabo Verde) por 1,3 milhões de euros à Lofleidir Cabo Verde, empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF (grupo Icelandair, que ficou com 36% da CVA) e em 30% por empresários islandeses com experiência no setor da aviação (que assumiram os restantes 15% da quota de 51% privatizada).

O Governo concluiu este ano a venda de 10% das acções da CVA a trabalhadores e emigrantes, mas os 39% restantes, que deveriam ser alienados em bolsa, a investidores privados, vão para já ficar no domínio do Estado, decisão anunciada pelo executivo devido aos efeitos da pandemia.

O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, afirmou em 07 de Setembro que a negociação para o apoio público à CVA, que em Março, quando o arquipélago encerrou a voos internacionais comerciais, contava com cerca de 330 trabalhadores e uma frota de três Boeing, “é complexa”, mas garantiu que a companhia, parada há mais seis meses, “continuará a existir”.

Em entrevista à agência Lusa, Ulisses Correia e Silva assumiu que a situação que a CVA atravessa, com o arquipélago encerrado às ligações aéreas internacionais regulares para travar a pandemia de covid-19, é idêntica à da “maior parte das companhias aéreas do mundo”.

Cabo Verde contabiliza 965 casos activos, 6.210 casos recuperados, 77 óbitos e dois transferidos, perfazendo um total de 7.254 casos positivos acumulados.

GSF/DR

Inforpress/Fim

 

 

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