Cidade da Praia, 30 Set (Inforpress) – A presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos e Cidadania (CNDHC) disse hoje que as vulnerabilidades dos idosos se ampliaram “em vários níveis”, no contexto da pandemia, principalmente na preservação do direito à vida e à saúde.
Em declarações à Inforpress, no âmbito do Dia Mundial dos Idosos, que se celebra a 01 de Outubro, Zaida Freitas, denunciou que os idosos foram privados de alguns direitos, devido ao “isolamento necessário” imposto pela covid-19, por serem considerados grupos de risco.
Segundo a responsável, este isolamento trouxe consequências “graves e especificas” a esta camada da população, dada a sua vulnerabilidade e condições de saúde.
“As vulnerabilidades dos idosos ampliaram-se no contexto desta pandemia e é preciso falar delas. São vulnerabilidades em vários níveis, não só ao nível da preservação do direito à vida, como também na preservação da saúde física e mental e de uma vida digna, que têm direito enquanto seres humanos que precisam de uma atenção especial”, observou Zaida Freitas.
Com a intenção os proteger, apontou a presidente da CNDHC, os idosos foram isolados de “tal forma, que não tiveram o acesso facilitado ao tratamento, privando-lhes do direito à saúde, não só física, mas também mental, em nome do direito à vida”.
“O direito à vida de muitos idosos foi posto em causa, uma vez que, associado ao vírus, acabou por complicar as outras situações de saúde, agravadas com a situação do confinamento, por não conseguirem dar continuidade às consultas médicas”, denunciou.
No entanto, defendeu que as medidas de protecção social tomadas pelas autoridades não foram suficientes, uma vez que, conforme constatou, não chegaram a todas pessoas e demonstraram algumas fragilidades.
Para terminar, lembrou que os idosos são “peças fundamentais”, para atingir os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) sendo que, por isso, as sociedades têm lutado para um aumento de esperança média de vida.
O Dia Internacional dos Idosos foi Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1991 visando sensibilizar a sociedade para as questões ligadas ao envelhecimento e à necessidade de proteger e cuidar da população idosa.
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