Mindelo, 18 Abr (Inforpress) – A Câmara Municipal de São Vicente beneficiou, desde o início do primeiro estado de emergência até agora, mais de quatro mil famílias com cestas básicas e neste momento tenta abarcar as pessoas que ainda não receberam.
Como avançou a vereadora do Pelouro Social, Lídia Lima, à Inforpress, desde a decretação do estado de emergência, a edilidade de São Vicente vem desenvolvendo programas, também em concertação com o Governo, para apoiar os mais atingidos pela situação de crise epidemiológica.
Sendo assim, conforme a mesma fonte, desde 01 de Abril até esta sexta-feira, 17, já foram contempladas 4.043 famílias, num total de 15.779 agregados, algumas destas incluídas no Programa de Apoio Alimentar, suportados por géneros alimentícios distribuídos pela Fundação Cabo-verdiana de Acção Social Escolar (Ficase).
“Em São Vicente tínhamos 1.680 famílias, que estavam devidamente credenciadas no Cadastro Social Único, e todas já receberam as cestas básicas e o processo terminou nesta sexta-feira”, explicou a vereadora, adiantando um total de 7.509 agregados, que beneficiaram deste programa de apoio alimentar destinado a famílias carenciadas com filhos menores de até 12 anos.
Relativamente à Loja Social da câmara municipal, durante esse mesmo período, ajuntou, foram entregues 2.363 cestas básicas, que ajudaram um total de 8.270 agregados.
Questionada como se tem prevenido a duplicação de apoios, Lídia Lima disse estarem a tentar evitar ao máximo com a concertação das listas da câmara e do Governo, mas já constataram algumas situações do tipo.
“Mas, do meu ponto de vista não há nada de mal, porque essas famílias têm filhos menores, o estado de emergência já foi prolongado, o que significa que estas famílias vão estar protegidas até o final destas duas fases de estado de emergência”, sublinhou.
Por essa razão, segundo a mesma fonte, a Loja Social tenta agora chegar às pessoas que ainda não foram contempladas, até porque há situações novas de carências devido aos novos casos de desempregados.
“E vamos conseguir, porque entraram novas doações e temos alimentos para distribuir para 1.500 a 2.000 famílias”, considerou a responsável, referindo as doações feitas por diversas empresas locais, que totalizam, neste momento, “cerca de sete mil contos em géneros” e que permitem ter cestas com 20 a 23 quilos de alimentos como batata, peixe, cebola, farinha, arroz, açúcar, feijão, milho e outros.
“É bom frisar que a câmara não gasta nem um centavo neste programa da Loja Social, tudo é produto das doações das empresas”, reiterou Lídia Lima, adiantando que a distribuição está a ser feita nas comunidades, mas também através de instituições como a Delegacia de Saúde, Cruz Vermelha, Associação dos Diabéticos e várias outras.
“Mas, infelizmente não conseguiremos chegar, com certeza, à quantidade de pessoas que estão a precisar neste momento”, lamentou.
A vereadora referiu ainda ao apoio dado pelo Rendimento Social de Inclusão (RSI), programa do Governo, que, em São Vicente, deverá ajudar 500 famílias, as quais deverão começar a receber os 5.500 escudos nas suas contas bancárias, a partir da próxima semana.
Também está agendado para a próxima semana, ajuntou, o início da entrega das ajudas do programa de Rendimento Solidário (RSO), que visa apoiar pessoas do sector informal, cuja cota, no Mindelo, é de 3.300 beneficiários.
“A câmara municipal reuniu técnicos do sector da informática, do sector predial e alguns voluntários, que estão a fazer a inscrição das pessoas num sistema ‘online’ e até sexta-feira já estavam estávamos à volta de 2.500 que até à próxima já começarão a receber as ajudas”, asseverou.
No pacote de ajudas, conta-se ainda o programa de apoio a idosos, que na ilha beneficiará 128 pessoas da terceira idade, a ser suportados por cinco cuidadores contratados pelo Ministério da Família e Inclusão Social.
LN/CP
Inforpress/Fim