Covid-19/Santo Antão: Ficase canaliza quase tonelada e meia de produtos agrícolas às famílias em situação de risco

Porto Novo, 16 Abr (Inforpress) – A Fundação de Acção Social Escolar (Ficase) decidiu canalizar perto de uma tonelada e meia de produtos agrícolas às famílias que estão em situação de risco em Santo Antão, como consequência das medidas impostas pelo estado de emergência.

Os produtos (cenoura e batata comum) foram disponibilizados pela Aliança de Produtores de Santo Antão, através da Associação dos Agricultores da Ribeira da Cruz (Porto Novo), no âmbito de um contrato com a Ficase, que prevê a entrega, entre os meses de Março e Junho, de oito toneladas de produtos às escolas e jardins infantis, nesta ilha.

Devido ao estado de emergência em Cabo Verde, que visa conter a programação da pandemia do novo coronavírus (covid-19) no País, a Ficase canalizou os produtos para a assistência alimentar às famílias em risco em Santo Antão, com a distribuição de 800 quilos de cenoura e de 600 quilos de batata comum”, informou a Aliança dos Produtores Agrícolas de Santo Antão.

Esta actividade, segundo o presidente da Associação dos Agricultores da Ribeira da Cruz, Vanderley Rocha, se enquadra no projecto sobre práticas agro-ecológicas resilientes e comercialização participativa como instrumento de nutrição escolar e de segurança alimentar comunitária para as populações rurais das ilhas de Santo Antão e Fogo.

No âmbito do contrato entre a Ficase e a Aliança dos Produtores Agrícolas de Santo Antão, foram disponibilizados, até agora, mais de duas toneladas e meia de produtos, prevendo-se que, até Junho, sejam fornecidos às escolas e jardins mais cinco toneladas e meia de produtos, uma iniciativa que abarca mais de sete mil alunos de 72 escolas e 62 jardins nos três municípios desta ilha.

A Aliança dos Produtores Agrícolas de Santo Antão enaltece o facto de, apesar de as escolas e jardins infantis estarem encerrados, a Ficase ter mantido o contrato e decidido canalizar os produtos para a segurança alimentar das famílias afectadas pela pandemia do covid-19.

“Uma medida que nos permite também manter as nossas capacidades produtivas, não obstante o momento de crise dos mercados”, sublinhou Vanderley Rocha.

O projecto sobre práticas agro-ecológicas resilientes e comercialização participativa como instrumento de nutrição escolar e de segurança alimentar comunitária em Santo Antão e Fogo é co-financiado, em 200 mil dólares, pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) e pela Agência Regional de Agricultura e Alimentação da Comunidade Económica dos Países da África Ocidental (CEDEAO).

JM/ZS

Inforpress/Fim

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