Covid-19/Santa Catarina: Autarquia assegura que apoio social às famílias vai ser efectuado nas localidades

Assomada, 30 Mar (Inforpress) – A Câmara Municipal de Santa Catarina, interior de Santiago, informou hoje aos munícipes que o atendimento às famílias em situação de fragilidade económica será efectuado nas próprias localidades, através das estruturais locais.

“Resultante de algumas incompreensões que hoje estiveram na origem da alteração da ordem pública e na violação das determinações inerentes à declaração do Estado de Emergência, a Câmara Municipal de Santa Catarina informa aos munícipes que o atendimento às famílias em situação de fragilidade económica será efectuado nas próprias localidades (… )”, lê-se numa nota da autarquia.

No comunicado, a autarquia santa-catarinense informa que o apoio será efectuado nas povoações, através de líderes comunitários e associativos, bem como pelos serviços municipais, evitando a concentração de pessoas no centro da cidade de Assomada, como o que ocorreu esta segunda-feira, 30.

A mesma fonte faz saber que qualquer informação ou distribuição de géneros alimentares será efectuada de forma devidamente articulada e coordenada com estas estruturas locais.

“Evitar falsas informações e boatos que criam ansiedade e pânico nas pessoas deve ser uma das prioridades de todos os envolvidos neste processo, já que o procedimento de indicação dos beneficiários resulta dos instrumentos disponíveis, nomeadamente, do Cadastro Social Único (CSU), bem como da base de dados das famílias carenciadas com crianças que frequentam os jardins infantis e o ensino básico (EBI)”, refere a nota.

Contudo, o documento da autarquia refere que, “tendo em conta o momento especial que vivemos, a câmara tem em curso o reforço do apoio social, sendo que, entre hoje e terça-feira, 31, cerca de 380 famílias serão contempladas com o Rendimento Social de Inclusão (RSI), estando em curso a preparação de apoios a cerca de 800”.

Por outro lado, informa que, paralelamente, tem em curso a preparação de informações sobre os estabelecimentos comerciais licenciados, que encerraram as portas por imposição da declaração do Estado de Emergência, visando a canalização de apoios já anunciados pelo Governo.

“Contamos com o forte engajamento dos serviços desconcentrados do Estado, de organizações não-governamentais, de entidades religiosas e de pessoas individuais que, solidária e voluntariamente, têm aderido ao nosso plano de contingência e dando um apoio insubstituível às acções em curso”, apelou o município liderado por José Alves Fernandes.

Entretanto, a edilidade admite que “pode registar-se algumas deficiências iniciais”, das quais pede desculpa e garante corrigir com toda a determinação.

Ainda sobre o ocorrido hoje, o município esclarece: “A alteração da ordem pública foi decorrente de interpretações erradas, senão mesmo instigado por pessoas mal-intencionadas que sempre aproveitam situações complexas para semear a desordem. Mas também – diga-se com toda a clareza! – resultante de falha de comunicação entre os serviços municipais e as pessoas que se manifestaram”.

A Inforpress contactou o Comando Regional da Polícia Nacional (PN) de Santiago Norte que confirmou o ocorrido, tendo avançando que foram ouvidas algumas pessoas que depois foram encaminhadas para as suas respectivas localidades.

A mesma fonte informou que nos primeiros dias estão a apostar na sensibilização, advertindo que a PN nos próximos dias vai agir dentro do quadro que a lei a permite para o bem de todos, durante o Estado de Emergência por causa do coronavírus (Covid-19).

Por isso, a PN pediu a toda a população de Santiago Norte, neste particular a de Santa Catarina, para “ficar em casa”, durante este período de Estado de Emergência.

FM/JMV

Inforpress/Fim

Facebook
Twitter
  • Galeria de Fotos