Covid-19: PAICV pede “maior intervenção” do Governo junto da comunidade cabo-verdiana na diáspora

Cidade da Praia, 05 Mai (Inforpress) – O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) pediu hoje “maior intervenção” por parte do Governo junto da comunidade cabo-verdiana na diáspora, defendendo medidas “integradas e inclusivas”.

A posição foi manifestada pelo secretário-geral adjunto para as Relações Externas do PAICV, Francisco Pereira, em conferência de imprensa, tendo explicado ser necessário uma intervenção materializada em medidas concretas.

De acordo com o PAICV, considerando a situação actual dos cabo-verdianos na diáspora, onde “já ocorreram mais de quatro dezenas de mortes” em vários países, é preciso criar ou dinamizar um Fundo de Emergência direccionado à comunidade fora do país.

“No nosso ponto de vista pode ser um instrumento de apoio financeiro e sanitário aos mais desamparados por esta pandemia”, apontou.

Francisco Pereira destacou também a criação de um “observatório de acompanhamento da diáspora”, em articulação com os serviços das embaixadas, dos consulados e com a rede associativa existente, no sentido de se “avaliar de forma aprofundada” o impacto social e económico da pandemia junto das comunidades cabo-verdianas.

“Desta forma, apurando para melhor solucionar os acessos aos cuidados sanitários, bem como as contingências de emprego, de rendimento e de segurança social”, complementou.

Por outro lado, propôs a promoção de uma “diplomacia proactiva” junto dos países que acolhem os emigrantes cabo-verdianos, com o intuito de uma “maior e melhor integração”, particularmente neste momento de pandemia.

Para o PAICV, o Governo deveria “abranger a diáspora” no rol de medidas anunciadas, ponderando todas as situações e definindo “formas e mecanismos de cobrir” e ultrapassar situações conjunturais.

Francisco Pereira alertou também para a situação de muitos cabo-verdianos no estrangeiro que se encontram em condições de fragilidade e que requerem atenção especial, destacando vários estudantes não bolseiros que estão confinados em casa,
“sem recursos ou com escassos recursos” de sobrevivência e imigrantes que estão “em situação irregular e privados de alguns direitos”.

O maior partido da oposição expressou ainda o seu “sentimento de pesar”, apresentando “profunda solidariedade” a todos aqueles que  directa ou indirectamente tenham sido atingidos pelo novo coronavírus.

HR/AA

Inforpress/Fim

Facebook
Twitter
  • Galeria de Fotos