Covid-19/Ilha do Sal: Salenses consideram “prudente” o alargamento do estado de emergência embora com ilha “desgostosa” e sem casos

Espargos, 17Abr (Inforpress) – A notícia de manutenção do estado de emergência, esta quinta-feira, provocada pela covid-19, soou como um estalido de pólvora no Sal, já que a ilha não regista nenhum caso, mas os salenses consideraram que foi uma decisão “prudente”.

Ansiosos quanto à declaração de alargamento do estado de emergência no país, alguns salenses, ao tirar as suas ilações da situação, compreendiam que a ilha e outras sem suspeitos nem casos confirmados da covid-19, teriam um tratamento diferenciado.

Mas a diferença verificou-se apenas no número de dias de confinamento, em que as ilhas de Santiago, Boavista e São Vicente, onde se regista a presença de infectados, maioritariamente na ilha das dunas, deverão cumprir mais duas semanas de recolher obrigatório, enquanto as outras, nove dias.

Isto é, Santiago, Boavista e São Vicente, de 18 de Abril a 02 de Maio, e as restantes ilhas de 18 a 26 de Abril.

Em conversa com algumas pessoas, a maioria delas esperava que a ilha do Sal, por não registar casos do novo corona vírus, a covid-19, poderia receber “luz verde” e continuar a sua vida normal.

Conforme contaram à Inforpress, “foi um choque”, mas logo chamaram à consciência que se tratava de uma decisão “prudente”, do Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, para o qual, julgam, por sua vez, não ter sido fácil tomar esta decisão.

“Na verdade, não tem sido nada fácil estar confinado em casa, e sair à rua encontrar a pressão das autoridades policiais, que te abordam e mandam-te para a casa, como crianças. Isso é desagradável”, exteriorizou Luís Silva.

Outros, porém, compreendem que há que haver colaboração de todos para que após essa crise se possa retomar a vida normal.
Parafraseando o presidente Jorge Carlos Fonseca, António Dias, um dos interlocutores, diz que primeiro há que salvar as pessoas depois a economia.

“Como diz o velho ditado popular, mais vale prevenir do que remediar; e contra a força não há resistência”, desabafa Francisco Rocha, por sua vez, para quem esta pandemia deverá permitir uma reflexão “profunda”, de modo as pessoas tomarem consciência que o homem “nada pode contra a força do universo”.

SC/JMV

Inforpress/Fim

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