Espargos, 02 Abr (Inforpress) -O delegado de Saúde, na ilha do Sal, asseverou hoje que a situação de doentes mentais na rua é complicada face à pandemia, e apela as famílias a tomarem conta deles, particularmente nesta conjuntura, já que vulneráveis.
Admitindo a existência desse problema, José Rui Moreira reiterou que as autoridades sanitárias pouco ou nada podem fazer, embora devam ter acesso aos cuidados da saúde pública, mas não há onde os albergar, daí que as famílias devem ajudar.
“Os que estão na rua, estão todos vulneráreis… não há onde abrigá-los. Se as pessoas não saírem de casa, seguirem as orientações sanitárias, não há como apanhar ou transmitir a doença”, acautelou o médico.
O responsável assegurou, entretanto, que se está a estudar “todas as formas possíveis” para solucionar o problema, um espaço onde possam ficar, alimentar-se, tomar banho, mas “não está nada definido”.
“Temos psiquiatras, psicólogos que tentam fazer um trabalho de sensibilização junto das famílias, os doentes são feitos tratamento de compensação… agora, lugar para alojá-los é que não temos”, lamentou.
Cabo Verde registou até o momento seis casos positivos do novo coronavírus, sendo quatro na ilha da Boa Vista e dois na cidade da Praia.
Entre os quatro casos positivos na ilha da Boa Vista, um resultou em óbito, um cidadão inglês de 62 ano.
Entretanto, o director nacional de Saúde, Artur Correia informou hoje em conferência de imprensa que Cabo Verde continua sem registar casos positivos de infecção pelo novo coronavírus, e que há mais dois casos suspeitos, um na Boa Vista e outro na cidade da Praia.
SC/JMV
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