Covid-19/Fogo: Câmara dos Mosteiros equaciona reduzir imposto sobre património – presidente

São Filipe, 21 Abr (Inforpress) – A câmara dos Mosteiros propõe reduzir o imposto sobre património que recai sobre os prédios rústicos, tema em discussão hoje na reunião dos Serviço Municipal de Protecção Civil com chefes de serviços desconcentrados do Estado.

Depois de ter anunciado recentemente a isenção integral do pagamento de rendas dos estabelecimentos comerciais em espaços municipais, do pagamento de rendas de todas as instituições de âmbito social, cultural, desportivo e recreativo instaladas em espaços municipais por três meses, outra política passa pela redução de impostos sobre património dos prédios rústicos tendo em conta os sucessivos maus anos agrícolas, e capaz de ter impacto na vida dos principais proprietários.

Em declarações à Inforpress, o presidente da autarquia mosteirense, Carlos Fernandinho Teixeira, indicou que esta questão vai ser objecto de análise no encontro do Serviço Municipal de Protecção Civil com os responsáveis da Policia Nacional (PN), Delegacia de Saúde, Delegação do Ministério da Educação e Conselho Local da Cruz Vermelha.

O objectivo é fazer ponto da situação da pandemia de novo coronavírus (covid-19) e preparar as novas actuações tento em conta “o novo figurino” da ilha de Santiago, que conta 14 casos da doença.

Na reunião de hoje, avançou, os participantes vão discutir as medidas que devem ser tomadas nos próximos dias até o dia 26, data em que termina o estado emergência em vigor para as ilhas sem registo de casos do novo coronavírus.

Durante o encontro, o comandante da esquadra da PN e a delegada de Saúde dos Mosteiros vão apresentar “de forma detalhada” as acções desenvolvidas nas áreas da Segurança e da Saúde Pública, cabendo à câmara e à Ficase apresentar os dados relativos a área económico-social.

Carlos Fernandinho Teixeira salientou que as medidas que a autarquia adoptou relacionam-se com a continuação da política de incentivos a operadores económicos do município e do empoderamento da sua economia, razão pela qual criou-se o fundo e definiu que, em vez de cestas básicas, distribui vales/cheques que, segundo o mesmo, tem dado resultado “muito positivo”.

Com relação às famílias, além dos apoios das autoridades governamentais e municipais, existem uma onde de solidariedade “de todos os quadrantes e para todas as localidades” do município.

“São centenas ou milhares de contos que entrou nos Mosteiro, há uma onda de solidariedade nunca antes vistos dos emigrantes, sobretudo dos Estados Unidos da América e de Portugal que tem dado uma atenção especial às famílias e sobretudo às comunidades”, destacou o presidente da câmara.

A mesma fonte apontou que grupos bem organizados nos Estados Unidos da América das localidades de Atalaia, Ribeira do Ilhéu, Fajãzinha, Feijoal, Achada Grande, Corvo e Mosteiros Trás, por exemplo, enviaram, no total, mais de 2.500 contos para comunidades dos Mosteiros.

Apesar disso referiu que é necessário discutir e tentar reduzir o impacto da pandemia, sobretudo no sector económico, e propor ao Governo que determinadas categorias profissionais possam voltar a operar, caso de pedreiros, carpinteiros e pessoas individuais que podem produzir para sustentar a família.

JR/AA

Inforpress/Fim

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