Mindelo, 01 Abr (Inforpress) – A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Mundial do Comércio (OMC) pediram hoje aos países medidas que não interrompem a cadeia de fornecimento de alimentos.
Através de uma comunicado conjunto, o director da FAO, QU Dongyu, o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus e o director-geral da OMC, Roberto Azevedo, alertam o mundo para a necessidade de proteger os o comércio mundial em meio à pandemia do Novo Coronavírus. Isto lembrando que milhões de pessoas em todo o mundo dependem do comércio internacional para sua segurança alimentar e meios de subsistência.
“Enquanto vários países adoptaram políticas para conter a propagação da pandemia do covid-19, é importante também trabalhar para minimizar os possíveis impactos no abastecimento de alimentos ou as consequências não intencionais no comércio mundial e na segurança alimentar”, lê-se no documento.
Segundo esses responsáveis, “quando se trata de proteger a saúde e o bem-estar dos seus cidadãos, os países devem garantir que todas as medidas comerciais não perturbem a cadeia de abastecimento de alimentos”.
“Tais interrupções, incluindo a desaceleração do movimento de trabalhadores na indústria agrícola e de alimentos e os atrasos nas fronteiras para os contentores levarão ao desperdício de produtos perecíveis e ao aumento do desperdício de alimentos”, alertaram.
Ainda no comunicado, os directores da FAO, OMS e da OMC lembraram que “as restrições ao comércio alimentar também podem se manifestar através de preocupações injustificadas sobre a salubridade alimentar”.
Se esse cenário se concretizasse, observaram, “perturbaria a cadeia de abastecimento de alimentos”, com consequências “particularmente acentuadas” para “as populações mais vulneráveis e em situação de insegurança alimentar”.
Defenderam ainda que face às medidas de confinamento provocadas pela pandemia do Covid-19, é importante garantir o comércio, principalmente para evitar a escassez de alimentos.
Da mesma forma, acrescentaram, também é essencial que os produtores e trabalhadores de alimentos nas etapas de processamento e venda sejam protegidos, a fim de se minimizar a propagação do vírus no sector e manter as cadeias de abastecimento de alimentos.
“Também devemos garantir a disponibilidade de informações sobre medidas comerciais relacionadas com os alimentos, níveis de produção, consumo, stocks e preços, para todos e em qualquer momento”, pediram ainda, lembrando que o momento é de mostrar solidariedade.
“Chegou a hora de mostrar solidariedade, agir com responsabilidade e aderir ao nosso objetivo comum de melhorar a segurança alimentar, a salubridade alimentar e a nutrição, e o bem-estar geral das pessoas em todo o mundo”.
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