Covid-19: Emprofac vai colocar as primeiras máscaras comunitárias no mercado na próxima segunda-feira

Cidade da Praia, 09 Mai (Inforpress) – As primeiras máscaras comunitárias vão ser colocadas no mercado na próxima segunda-feira, 11, anunciou hoje o presidente do Conselho de Administração da Emprofac, Gil Évora.

O anúncio foi feito à imprensa, após a chegada hoje ao aeroporto internacional Nelson Mandela, na Cidade da Praia, do voo sanitário, sob a responsabilidade da Emprofac com equipamentos de protecção individual e medicamentos, para ajudar no combate ao novo coronavírus.

“É nosso entendimento que as máscaras comunitárias vão ser o futuro, porque a importação das máscaras cirúrgicas vai diminuir e, por conseguinte, vai aumentar o consumo das caseiras”, observou.

Gil Évora avançou que a Emprofac vai fazer o controlo da qualidade dos requisitos das máscaras comunitárias e a venda dos produtos que serão adquiridos juntos dos artesãos.

“A Emprofac irá, através de contratos, adquirir todas as mascaras comunitárias feitas por artesãos, desde que cumpram todas as regras de controlo de qualidade”, explicou Gil Évora, informando que para evitar a especulação, vai se estipular o preço máximo de 235 escudos.

Acrescentou que a empresa estima colocar no mercado cerca de 50 a 60 mil mascaras domésticas por semana, montante que, segundo Gil Évora, será insuficiente, devido à procura que haverá no mercado.

“Na verdade, o futuro será das máscaras comunitárias porque, mesmo que sejam vendidas a um preço superior, podem demorar três meses, enquanto as cirúrgicas têm a duração de cinco horas”, explicou.

Um voo sanitário, sob a responsabilidade da Emprofac, aterrou hoje, às 13:30, no aeroporto internacional Nelson Mandela, na Cidade da Praia, com equipamentos de protecção individual e medicamentos, orçados em 1 milhão e 200 euros.

O voo,  proveniente da China,  chegou com 1 milhão, 410 mil máscaras cirúrgicas, 16.000 testes rápidos, 2.500 viseiras de protecção, batas, sapatos de cobre e medicamentos de frio.

Na passada quarta-feira, o Governo aprovou uma portaria que classifica a Emprofac como a única distribuidora certificada para a distribuição grossista das máscaras comunitárias, produzidas em Cabo Verde.

De acordo com a portaria, os produtores colocam os seus produtos no mercado pela via exclusiva da empresa distribuidora, certificada pela entidade competente, neste caso a Emprofac, que, por sua vez, faz a distribuição grossista aos revendedores.

De entre esses revendedores estão as farmácias, os super e minimercados, postos de combustível, lojas especializadas de artigos médicos e hospitalares, clínicas médicas dentárias, cooperativas e associações comunitárias, estruturas públicas de saúde, livrarias, postos dos correios, lojas de venda a retalho das indústrias produtoras, quiosques de informações turísticas, pontos de vendas de TMais e CVTelecom e postos móveis da Casa do Cidadão

O diploma, em vigor desta terça-feira, 05, postula ainda que compete à Inspecção-geral Actividades Económicas (IGAE) a fiscalização do cumprimento das regras determinadas.

No total, Cabo Verde já registou 236 casos de covid-19 desde que o primeiro doente foi diagnosticado, em 19 de Março, distribuídos pelas ilhas de Santiago (177), Boa Vista (56) e São Vicente (03, todos recuperados).

Destes casos testados positivos há a registar 56 recuperados (46 da Boa Vista, sete na Praia e três em São Vicente) e duas mortes – um cidadão inglês de 62 anos que se encontrava de férias na ilha da Boa Vista, e uma idosa de mais de 90 anos do concelho da Praia.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 271 mil mortos e infectou mais de 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.

OM/JMV

Inforpress/Fim

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