Covid-19/Brava: População de Lomba “revoltada” com pessoas de outras zonas que ali vão “atrás de bebidas” (c/áudio)

Nova Sintra, 29 Mar (Inforpress) – Os moradores de Lomba Tantum, aldeia situada a 10 quilómetro de Nova Sintra, capital da ilha, demonstraram-se hoje “revoltados” com o número de bravenses de outras localidades que ali vão à procurara de bebidas alcoólicas.

No início da noite, os moradores accionaram às autoridades da ilha, a informar-lhes de uma “enchente” de pessoas, oriundas de outras zonas, nos bares de Lomba e a Inforpress acompanhou as autoridades.

Já no local, deparou-se com um “tumulto”, onde os moradores reclamavam, em voz alta, brigando e questionando o porquê destas pessoas saírem das suas zonas e dirigirem-se à Lomba, numa altura em que “todos deveriam estar em casa e a prevenir-se do novo coronavírus (Covid-19) ”.

À Inforpress, Adilson Meirelles, morador de Lomba, explicou que o motivo desta “revolta” deve-se ao facto de as autoridades estarem a sensibilizar os proprietários dos bares em outras localidades e as pessoas destas zonas aproveitam esta oportunidade para “invadir” Lomba, tendo em conta que os bares da zona ainda estavam a funcionar.

“O problema é que os bares nas outras localidades foram encerradas, os de Lomba ainda não. As pessoas de outras localidades vieram fazer “paródia” aqui em Lomba”, disse revoltado o morador.

“Porque esta atitude? Porque fizeram isso? Estamos de quarentena, mas há pessoas aqui dentro de um bar, com todos estes problemas de saúde a nível mundial?”, questionou o morador.

Segundo a mesma fonte, desta vez accionaram as autoridades competentes, mas deixou claro que não querem e nem vão aceitar atitudes do tipo, caso contrário, ameaçam, que vão “fechar a fronteira para a zona”.

“Se é para fechar, vamos fechar todos os bares da ilha e não vamos aceitar que pessoas de outras zonas venham à localidade beber”, reforçou, acrescentando que não são contra as medidas que estão a ser tomadas.

Pelo contrário, avançou que a comunidade congratula-se com tais medidas e que ficam “felizes” porque querem saúde para as suas famílias, sobretudo os seus filhos e idosos que têm em casa.

O morador aproveitou para apelar às pessoas a ficarem em casa, pedindo que cada uma faça a sua parte, perante “o vírus que está a infectar e a matar no mundo inteiro e cujo combate exige a colaboração de todos.”.

Estes moradores demonstraram-se “apreensivos” com a situação pela qual o mundo e o País está a viver, e deixaram claro que estão a tentar seguir as regras e medidas à risca.

Este povoado, há menos de uma semana, solicitou mais informações às autoridades, sabendo que não possuem sinais da rádio nem da televisão pública.

Durante as campanhas de sensibilização, foram os únicos habitantes que não demonstraram resistência as tais medidas.

Aliás, mesmo antes de as autoridades chegarem à zona, os moradores já vinham solicitando apoio e intervenção das mesmas.

MC/JMV
Inforpress/Fim

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