Nova Sintra, 14 Abr (Inforpress) – Os moradores da zona piscatória de Fajã d´Água dizem-se cientes da necessidade do cumprimento das medidas de restrições impostas pelo estado de emergência, mesmo que estas “dificultem o acesso ao ganha-pão”.
Em declarações à Inforpress, a moradora e presidente da associação local, Sónia Baptista, avançou que na zona há dias que nem se vê pessoas a circular.
Conforme contou, os homens, na sua maioria pescadores, saem cedo para a faina e quando regressam, cada peixeira encarregar-se-á da venda do pescado.
Se a safra for em grande quantidade, explicou, todo o pescado é comercializado e canalizado aos fregueses, já concertado e pesado.
Assim, segundo Sónia Baptista, não circulam nas ruas, evitam contactos desnecessários e desobediência às regras estabelecidas na lei que regula o estado de emergência.
Mas, nos dias em que o pescado não é muito, realçou que guardam-no no frio e vão fazendo a venda a partir de casa.
Segundo a mesma fonte, mesmo estando em casa, há sempre aqueles que demonstram uma certa resistência ou que reclamam, mas a maioria já está consciente do que se passa e é necessário cumprir para que não venham arrepender-se mais tarde.
“Agora, estão a reclamar que as autoridades estão muito exigentes. Mas, Deus não permita, se as autoridades baixarem a guarda e surgir algum caso e alastrar na ilha? Vão culpar de novo as autoridades por não terem tomado medidas”, observou Sónia Baptista.
A responsável comunitária é de opinião que as autoridades devem continuar com o trabalho e prosseguir com as fiscalizações, “sem baixar a guarda, e não se intimidar das pelas pessoas”, porque sempre “vão levar a culpa do público”.
Aos moradores, Sónia Baptista pedem-lhes que cumpram as regras e que não se sintam como “presos dentro de casa”, mas que procurem coisas úteis para ocuparem o tempo e rezar para que tudo volte ao estado normal.
A Inforpress esteve no local e constatou que as ruas, que normalmente se encontravam movimentadas, devido o grande número de pessoas que procuram esta zona para o banho de mar e um passeio refrescante, hoje se encontravam “completamente desertas”.
MC/JMV
Inforpress/Fim