Mindelo, 21 Abr (Inforpress) – O presidente da Associação dos Amigos da Natureza disse hoje à Inforpress que a primeira fase do plano “iniciativas comunitárias de resposta urgente à emergência originada pela Covid-19” faz pate de um projecto maior de sete mil contos.
Segundo Aguinaldo David, o plano de acção surgiu num desafio lançada pela União Europeia à Associação dos Amigos da Natureza para ajudar as comunidades mais frágeis face à pandemia do novo coronavírus nas ilhas de Santo Antão, São Vicente e São Nicolau.
“Este plano de acção que lançamos integra o projecto Aliança para o Direito Humano à Alimentação Adequada e Iniciativas de Empoderamento de Jovens e Mulheres Rurais de sete mil contos. Mas este plano, que é a primeira fase a ser implementada de Abril a Maio, terá um orçamento de três mil contos para financiar 10 a 15 iniciativas com um pacote de 150 a 350 contos cada uma”, explicou o responsável
Na segunda fase, acrescentou a mesma fonte, que vai decorrer de Junho a Dezembro será dirigida às “Iniciativas comunitárias de reconstrução no cenário pós-emergência”. Nesta etapa, conforme Aguinaldo David, o pacote é de 3.600 contos e pode financiar iniciativas rápidas que tem como objectivo reconstruir as dinâmicas económicas locais, empresas com capacidade de criar empregos entre outros.
“A fase segunda fase vai financiar negócios rurais. Por exemplo, uma cooperativa ou associação de produtores de queijo em Santo Antão que não pôde vender devido à pandemia, quando a situação se normalizar ele tem que, ser reanimado. Então ele pode apresentar uma candidatura que pode ser financiada”, clarificou a mesma fonte para quem nesta etapa o financiamento poderá ser de 400 a 600 contos para “beneficiários colectivos”.
Conforme o presidente da Associação dos Amigos da Natureza será ainda desenvolvida uma campanha mediática que vai coincidir com a segunda fase e que visa sensibilizar as pessoas a favor do consumo de produtos locais, para a resiliência e construção da economia. Para esta campanha contam desembolsar 400 contos.
Conforme Aguinaldo David todo este plano, que faz parte do projecto “Aliança para o Direito Humano à Alimentação Adequada e Iniciativas de Empoderamento de Jovens e Mulheres Rurais” vai ao encontro da legislação cabo-verdiana sobre a alimentação adequada e dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) também sobre a alimentação.
A “Aliança para o Direito Humano à Alimentação Adequada e Iniciativas de Empoderamento de Jovens e Mulheres Rurais” será implementada pela Associação dos Amigos da Natureza (AAN) e o Centro de Estudos Rurais e Agricultura Internacional (CERAI).
Conta com o financiado da delegação da União Europeia em Cabo Verde e com a parceria do Secretariado Nacional para Segurança Alimentar e Nutricional (SESAN), do Instituto Nacional de Providência Social (INPS), da Inspecção Geral do Trabalho, da FICASE e das Câmaras Municipais das ilhas de Santo Antão, São Vicente e São Nicolau, entre outros.
CD/CP
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