COVI-19/Boa Vista: PP apela à realização de testes aos funcionários de quarentena no hotel Karamboa

Sal Rei, 30 Mar (Inforpress) – O presidente do Partido Popular, Amândio Barbosa Vicente, apelou hoje à realização de testes de coronavírus aos funcionários que estão de quarentena no hotel Karamboa , onde surgiu o mais recente caso de um infectado.

O dirigente do PP avançou à Inforpress que falou com alguns funcionários, que pediram anonimato, mas que querem denunciar publicamente a situação dos trabalhadores que estão em quarentena.

Segundo Amândio Barbosa, os funcionários afirmam que estão agora assustados, tendo em conta que conviveram com um colega, agora afectado, um técnico de manutenção daquela unidade hoteleira..

“Os funcionários questionam se vão manter mais tempo em quarentena, além de se queixarem que estão todos confinados no mesmo espaço, partilhando o refeitório.

De acordo com o líder dos populares, a situação agravou-se mais, tendo em conta que até há pouco tempo, os funcionários estavam apenas três ou mais num único quarto”, mas agora o número de pessoas que partilha o mesmo espaço aumentou.

Para o presidente do PP, sendo que o Governo já anunciou a chegada de 20.000 testes ao país,  “deve-se realizar o despiste da doença aos funcionários daquela unidade hoteleira, para se verificar se estão ou não infectados, e que depois do cumprimento do  tempo de quarentena, todos os funcionários deveriam ficar em casa, uma vez que são são “chefes de família”.

Ainda conforme contou Amândio Vicente Barbosa, outra queixa dos funcionários tem a ver com o “facto de se sentirem desinformados do que se passa efectivamente, além da falta de “acompanhamento médico e psicológico”.

Por isso, pediu às autoridades para dar atenção a este caso, de modo a se evitar a propagação da doença.

“Os empregados que estão ali confinados, se não estiverem infectados, o ideal seria soltá-los, para evitar o elo de contágio, porque estando ali juntos poderá haver uma cadeia de transmissão”, opinou Amândio Barbosa, que acha ainda que os funcionários deveriam depois continuar de quarentena em casa, marcar e respeitar o distanciamento social.

Perante este cenário, Amândio Barbosa denunciou que “mais de duzentos funcionários estão ali a conviver juntos, sendo que é quase impossível haver o distanciamento social entre eles”.

O presidente do Partido Popular voltou a frisar “a necessidade de fazer o despiste do coronavírus no final da quarentena, e que depois disso, a 04 de Abril, dia que se cumprem os 14 dias de quarentena, todos os funcionários deveriam ficar libertos.

Amândio Barbosa Vicente aproveitou para pedir ainda que se enquadrem ele e a sua equipa em casos excepcionais, para os deixarem sair da ilha de Boa Vista para fazer quarentena na ilha de Santiago.

Amândio Barbosa conta que a equipa do PP se encontra na ilha desde o dia 19, e logo no dia seguinte foram surpreendidos com o isolamento da ilha de Boa Vista, e que agora não conseguem viajar para Santiago.

A mesma fonte entende ainda que “cada um deve fazer quarentena nas suas casas, e que não se pode obrigar as pessoas a ficarem noutras ilhas, quando, por outro lado, é permitida a saída de estrangeiros para os seus países de origem”.

O presidente do PP promete que “quando regressar à ilha de Santiago poderão fazer quarentena e respeitar as regras”.

O PP teme que se “depois do dia 17, o Governo vier a aumentar o período de emergência para mais de 15 dias, serão obrigados a manterem-se na ilha da Boa Vista”.

VD/JMV
Inforpress/fim

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