Mindelo, 02 Nov (Inforpress) – A presidente da comissão organizadora da VI Congresso Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa considerou hoje que a educação é uma das respostas para “minimizar a catástrofe ambiental” a partir da mudança de atitudes.
Maria Estrela falava, hoje, na abertura do evento que vai decorrer até dia 05, no Mindelo, na Faculdade de Educação e Desporto (FaED) da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) e que tem como tema central “Oceano, lusofonia e educação ambiental – caminhos de esperança para uma transformação sócio-ecológica na CPLP”.
Para Maria Estrela, o evento representa um “grande desafio” para reflexão, discussão e troca de experiências sobre as indissociáveis relações entre cidadania, meio ambiente e sustentabilidade.
“Queremos que estes quatro dias de trabalho revelem o sentido destes conceitos e a responsabilidade que cada um de nós tem para que possamos viver em sociedade sem destruir a natureza”, apelou a mesma fonte, referindo-se às consequências das mudanças climáticas já sentidas em todo mundo.
A responsável da comissão organizadora lembrou que os chefes de Estado e de Governo reuniram-se há poucos meses na 13ª cimeira da comunidade e aprovaram a resolução sobre a emergência climática, na qual reconhecem a importância de uma “resposta urgente e global” às alterações climáticas.
Sendo assim, ajuntou, ainda é “possível minimizar a catástrofe climática” com a educação, “sem dúvida”, como uma das respostas.
“A educação ambiental é um meio de promover nova relação do ser humano com a natureza a partir das mudanças de atitude e dos valores éticos e de um maior alinhamento com a preservação ambiental e a sobrevivência da espécie humana”, sustentou Maria Estela, aclamando que a educação é o “caminho da esperança”.
Por seu lado, o presidente da Rede Luso, Joaquim Pinto, advogou, que o congresso não é somente no espaço da FAeD, mas, é “um projecto de identidade dos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)” e um processo de construção, com a colaboração de diferentes técnicos, mas, que, “tem de ser vivenciado com as comunidades”.
O VI Congresso Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa foi desenvolvido em cinco grandes eixos: “Educação ambiental e a literacia oceânica”, “Educação ambiental, direitos humanos e crise climática”, “educação ambiental e actividades socioeconómicas como valorização das comunidades”, “Educação ambiental e o sistema educativo – construindo a eco-cidadania” e “Educação ambiental na conservação da natureza”.
O evento reúne presencialmente cerca de 150 pessoas dos diversos países da CPLP e ainda outras nas transmissões online, via Internet.
Aliás, foi também através da Internet, em vídeo-conferência, que a cerimónia de abertura contou com a participação da reitora da Uni-CV, Judite Nascimento, e do secretário executivo da CPLP, Zacarias Costa
Segundo a reitora, as universidades públicas têm “grande responsabilidade” na questão da salvaguarda do ambiente, daí, ajuntou, a necessidade de introdução das cadeias ambientais em todos os cursos
Zacarias Costa, por seu lado, considerou, que a educação ambiental promove o pensamento crítico das comunidades e a CPLP, “deve potenciar esses valores para difundir para um espaço mais abrangente”.
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