Confiança do consumidor diminui contrariando a tendência dos últimos trimestres

Cidade da Praia, 12 Nov (Inforpress) – A confiança do consumidor diminuiu no último trimestre e situou-se abaixo da média dos outros trimestres deste ano em que se verificava uma tendência ascendente, conforme informações do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o relatório divulgado hoje pelo INE, os resultados do 3º trimestre de 2021 demonstram que o indicador de confiança no consumidor contrariou a tendência ascendente dos últimos trimestres, situando-se abaixo da média da série, com destaque para a confiança das famílias cabo-verdianas que também diminuiu. 

Entretanto, adiantou a mesma fonte, o indicador evoluiu positivamente face ao trimestre homólogo de 2020.

“Este resultado justifica-se basicamente pela apreciação positiva das famílias sobre a sua situação económica actual e a evolução do desemprego para os próximos 12 meses relativamente ao trimestre homólogo”, lê-se no documento do instituto.

Relativamente à situação presente e passado, para as famílias inquiridas, nos últimos 12 meses, tanto a situação económica do seu lar como a situação económica do País evoluíram negativamente relativamente ao trimestre homólogo. 

“Na opinião dos inquiridos, os preços de bens e serviços diminuíram e o desemprego no País diminuiu relativamente ao mesmo período do ano 2020”, assegurou o INE.

No tocante à poupança, a maior parte, 86,2 por cento (%) dos inquiridos no terceiro trimestre do ano de 2021 considerou, ainda, que a situação económica, neste momento, não permite poupar dinheiro. 

No trimestre homólogo, esse percentual, afiançou o relatório, foi de 77,4%, o que representa uma diferença 8,8 pontos percentuais (pp) entre os dois períodos. 

“De realçar que 12,5% dos inquiridos afirmaram ser possível poupar algum dinheiro com a actual situação económica do país sendo que, no trimestre homólogo, era de 8,6%, apresentando um acréscimo de 3,9 pp”, de acordo com o documento.

Mas, quanto ao futuro, para os próximos 12 meses, os inquiridos acreditam que, tanto a situação financeira das famílias, como a situação económica do País deverão evoluir negativamente face ao trimestre homólogo. 

Para as famílias inquiridas, sustentou o INE, o desemprego deverá manter a tendência de diminuição e os preços manterão o mesmo, face ao trimestre homólogo.

Uma avaliação que se reflectiu na intenção de comprar carro nos próximos 12 messes, isto porque 79 em cada 100 entrevistados afirmaram ter a certeza absoluta que não tencionam comprar um carro nos próximos dois anos. 

Entretanto, quanto à intenção de comprar casa nos próximos dois anos, no 3º trimestre de 2021, 19,5% dos inquiridos afirmaram que, provavelmente sim, irão construir ou comprar uma casa (contra 12,1% no período homólogo) representando, um aumento de 7,4 pp.

LN/ZS

Inforpress/Fim

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