Cidade da Praia, 15 Nov (Inforpress) – O presidente do Sindicato Nacional da Polícia Nacional (Sinapol) disse hoje que as comemorações dos 151 anos da instituição seria uma oportunidade para o director nacional e o ministro pedirem desculpas aos operacionais e policiais do País.
“Seria uma grande oportunidade para o director nacional e o ministro pedirem desculpa aos operacionais e policiais deste País (…) de facto foram promovidos somente os oficiais da polícia,” indicou José Barbosa em declarações aos jornalistas, à margem da cerimónia de comemoração da efeméride, que aconteceu hoje, na Cidade da Praia.
Segundo o sindicalista, deviam estar preocupados com as questões “muito sérias” que foram levantadas pela Sinapol, designadamente o acesso da carga horária, que “para além de ilegal é absurda”, as transferências internas e a “sistemática loucura” de perseguição dos sindicalistas.
José Barbosa acrescentou a “desconsideração” dos sindicatos e dos direitos e interesses dos pessoal da Polícia Marítima, a negação dos direitos a subsídio da Guarda-fiscal, o “tabu” que ainda paira sobre o Serviço Social e uma ausência sobre a aprovação dos Novos Estatutos da Polícia Nacional (PN).
“Tudo isto é um mar de problemas que deviam merecer muita atenção do director nacional e sobretudo do ministro da Administração Interna”, reforçou.
Por sua vez, o director da Polícia Nacional, Emanuel Estaline Moreno, reiterou que as promoções efectuadas não vão ter impacto no orçamento da instituição, “por não ser possível promover todos os efectivos”.
Em relação á carga horária reconheceu que tem havido “esforço e sacrifício” dos efectivos, apontando que se trata de uma questão que vai ser resolvida “paulatinamente”.
“Neste momento está a decorrer mais um concurso para recrutamento de mais 120 agentes, de forma a conseguirmos fazer face às necessidades “, informou Emanuel Estaline Moreno, lembrando que todos os anos saem efectivos para a reforma e por outros motivos.
“Por isso tem havido um esforço do Governo no sentido de dotar a polícia dos meios para poder fazer face à questão dos horários”, ajuntou o director nacional da polícia cabo-verdiana.
No discurso de comemoração dos 151 anos da Polícia Nacional, que se celebra hoje, o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, apontou que o País precisa de uma Polícia Nacional “mais vigilante, actuante e pressionante” para melhorar a “qualidade e consistência” dos resultados.
“Os resultados existem e falam por si. A qualidade e a consistência dos mesmos podem e devem melhorar”, indicou o governante, enaltecendo o desempenho dos funcionários da PN pelo trabalho diário.
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