Cidade da Praia, 05 Nov (Inforpress) – O presidente da Associação de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde (ACACV), Júlio Silvão, apontou hoje a democratização do sector em Cabo Verde como o maior desafiou, exortando os cabo-verdiano a ser um cinéfilo “atento”.
Júlio Silvão, que falava à Inforpress, no âmbito do Dia Mundial do Cinema que se celebra anualmente no dia 05 de Novembro, endereçou uma mensagem aos cabo-verdianos, apelando à “consciência nacional” sobre a importância do cinema e do audiovisual para o desenvolvimento do País.
Segundo este responsável, o cinema e o audiovisual do País merecem “uma atenção “muito especial” por parte dos decisores políticos, para que de facto estes sectores sejam, cada vez mais, uma realidade no ensino e no dia-a-dia dos bairros periféricos do arquipélago.
“E também para que a imagem de Cabo Verde possa ser vista no mundo fora, fazendo com que o mundo conheça Cabo Verde em todas as dimensões, dimensão económica, política, geográfica e estratégica, mas, acima de tudo, na sua dimensão cinematográfica”, desejou o presidente da ACACV.
De acordo com o mesmo, o “maior desafio” que tem vindo a persistir é a “democratização” do cinema audiovisual em Cabo Verde.
“Ou seja, fazer com que cada cidadão cabo-verdiano utilize as novas tecnologias, como o telemóvel, que é um mecanismo que está nas mãos de todos, para fazer imagens de recordações das suas famílias, das suas ruas, cidades etc., e potencializá-las em filmes, para que as diferentes gerações possam ver e recordar”, concretizou Júlio Silvão.
Conforme defendeu, há a necessidade de potencializar as novas tecnologias a favor do cinema e audiovisual, de maneira que cada cabo-verdiano possa se transformar em um cinéfilo atento e, sobretudo, num realizador cinematográfico.
Um trabalho que, segundo salientou, a ACACV tem vindo a desenvolver, “de forma gratuita”, no ensino e nos bairros comunitários através de parcerias com as câmaras municipais, igrejas, centros de ensino e associações comunitárias e profissionais.
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