Cidade da Praia, 11 Nov (Inforpress) – A Associação de Jornalistas de Cabo Verde (AJOC) promove, hoje e sexta feira, uma acção de capacitação que visa dotar os jovens profissionais da comunicação social de técnicas e ferramentas para melhor abordarem a temática das mudanças climáticas.
Em declarações à imprensa, a vice-presidente da AJOC, Gisela Coelho, considerou as mudanças climáticas como sendo uma questão “importante” para Cabo Verde enquanto país arquipelágico, tendo realçado que apesar de não contribuir negativamente e de não produzir muita poluição atmosférica, tem sofrido nos últimos anos os efeitos das mudanças climáticas
A acção de formação, conforme explicou, é destinada a jovens jornalistas que durante dois dias serão capacitados com ferramentas próprias e técnicas de jornalismo para trabalharem as áreas do ambiente com destaque para as mudanças climáticas.
“No final desta formação esperamos que cerca de 25 participantes durante os dois dias estejam melhores capacitados para abordar as alterações climáticas e também para trazermos mais o tema ambiente para a comunicação social, geralmente, o tema ambiente só é tratado quando há um dia para assinalar o Dia Internacional do Ambiente”, ressalvou.
A AJOC, prosseguiu, quer com esta iniciativa que é realizada em parceria com a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) trazer o tema ambiente para o centro de debate, defendendo neste sentido a necessidade de uma maior sensibilização por forma a promover a construção de uma sociedade e meio ambiente mais sustentáveis.
“Precisamos de mais jornalistas relacionados com a área do ambiente, mais formação, especialização, também trabalhar em parceria com instituições e organismos relacionados com o meio ambiente”, realçou.
Por seu turno, o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Lourenço Lopes, que presidiu à cerimónia de abertura da referida formação, destacou a importância da acção, uma vez que, realçou, as alterações climáticas são um tema “importante” para uma agenda urgente num mundo em constantes transformações.
O governante augurou como resultado desta formação uma maior sensibilização das pessoas sobretudo uma mudança de atitude e comportamentos, sustentando que a informação e sensibilização para alcançar este desiderato constituem a verdadeira pedra de toque para o País alcançar as metas da sustentabilidade ambiental e controlo das alterações climáticas.
“Queremos ter jornalistas que sejam bem formados, isentos, objectivos e que promovam a verdade. Este contexto aliado à cultura política dos cidadãos e um clima de liberdade dos jornalistas, continuarão a erguer-se como condições essenciais para a afirmação do país enquanto referência da liberdade de imprensa em África e no mundo!”, declarou.
A cerimónia de abertura da formação contou ainda com a presença do director da Secção África da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), Louis Thomasi, que iniciou hoje uma visita de três dias a Cabo Verde.
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