Cidade da Praia, 24 Nov (Inforpress) – O ministro da Saúde destacou hoje o papel “inquestionável” dos profissionais de saúde da CEDEAO na resposta à pandemia, afirmando que a covid-19 veio testar as suas capacidades e limites como sistemas e profissionais.
As declarações foram feitas por Arlindo do Rosário, esta manhã, durante a sua intervenção na abertura do 4º Fórum de boas práticas da saúde da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), que decorre na Praia, de 24 a 26 deste mês, sobre o tema “Inovações ou boas práticas em cobertura sanitária universal ou sistemas de saúde”.
Segundo Arlindo do Rosário, o papel desempenhado pelos profissionais de saúde nestes últimos dois anos em África, nesta região e no país é “inquestionável” e veio demonstrar aquilo que sempre foram capazes de ser: “resilientes em muitos casos também eficientes”.
“A pandemia da covid-19 veio testar as nossas capacidades e os nossos limites como sistemas e como profissionais, e para um continente em que as projecções eram catastróficas soubemos responder à altura”, sublinhou o ministro.
Considerou que os países foram limitados pela escassez dos recursos financeiros, profissionais, técnicos e mesmo assim conseguiram responder em meio à crise aos desafios impostos pela covid-19 sem descurar dos outros “importantes” problemas de saúde pública que afectam a comunidade oeste-africana.
Este fórum, segundo o governante, é o momento indicado para que, de forma construtiva, mas ainda assim crítica, juntos possam traçar formas mais harmoniosas e integradas de cuidar e servir em saúde, associado sempre a universalidade dos cuidados em saúde à equidade, qualidade, disponibilidade, eficiência, efectividade e a sustentabilidade dos cuidados.
Por outro lado, considerou que este é o momento crucial para responder ao chamado internacional que recomenda que na área da saúde, “mas obviamente que não exclusivamente na saúde”, inovar pode significar evolução e desenvolvimento.
O que se pretende é que ao inovarmos em saúde tenhamos uma melhoria concreta, palpável, não só em termos estatísticos e numéricos e nos mais variados indicadoras, mas efectivamente na saúde e qualidade de vida das pessoas, das famílias e das comunidades.
O ministro mostrou-se convicto de que este encontro reforçará nas instituições e profissionais de saúde o estímulo para analisar criticamente as políticas, intervenções e o trabalho desenvolvido nos respectivos países.
“A ideia é criar oportunidades de perceber as falhar e lacunas e projectar de forma mais adequada e sensível possível as modificações, aperfeiçoamentos e inovações necessárias para abordarmos, de forma integrada e articulada, a saúde, a doença, o doente, as famílias e as comunidades que servimos”, sustentou.
Segundo o governante, o caminho continua “árduo” porque a saúde alcançou uma nova centralidade, o que irá exigir “muito mais e melhor” dos países e profissionais.
Durante o seu discurso, o ministro lamentou “profundamente” a perda de cada vida em decorrência da pandemia da covid-19, mas sublinhou que é preciso também levantar a bandeira do orgulho de que muitas mais vidas foram salvadas.
O 4º Fórum de boas práticas da saúde da CEDEAO é promovido pela Organização Oeste Africana da Saúde (OOAS) em parceria com os Estados Membros e os Parceiros Técnicos e Financeiros (PTF) e o Governo de Cabo Verde.
AV/ZS
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