Cidade da Praia, 21 Out (Inforpress) – O secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde disse hoje que Cabo Verde tem pautado em criar mecanismos para permitir condições cada vez mais sustentáveis quanto à alimentação e aspectos nutricionais mais adequados à população.
Evandro Monteiro, fez esta declaração quando presidia à cerimónia de abertura do seminário “Nutrição e Segurança Alimentar”, realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), no âmbito da celebração do Dia Mundial da Alimentação que se assinalou a 16 de Outubro sobre o lema “Agir para o futuro – Melhorar a produção, a nutrição, o ambiente e as condições de vida”.
“Cabo Verde tem criado mecanismos que nos tem permitido adequar (…) com a introdução de novas variedades de plantas e animais que adaptam às nossas condições climatéricas, bem como políticas de mobilização e distribuição de água com recursos a energias limpas, uma meta para alcançar a disponibilização de 70 litros de água média à nossa população”, afirmou.
Ainda de acordo com o governante, no País tem-se criado mecanismos de controlo dos produtos de origem animal com certificado de qualidade, não descurando nunca as questões relacionadas com a fiscalização frequente nos estabelecimentos de venda, visando assim a criação de um ponto de vista nutricional com micronutrientes em quantidade e qualidade, bem como a produção alimentar sustentável e amiga do ambiente.
Tudo isso, segundo disse, para salvaguardar a saúde e o aporte nutricional da população cabo-verdiana como prioridade máxima.
Evandro Monteiro que lembrou a necessidade de se trabalhar para um melhor enquadramento e regulação do uso do sal, açúcar e gorduras, realçou que o presente seminário não poderia ser realizado em melhor momento, alegando que os grandes desafios da nutrição devem ser debatidos agora para se preparar o futuro.
“Nesta senda, foi criada em 2019 uma comissão especializada incumbida de analisar a legislação comparada na matéria e elaborar uma proposta técnica que sirva de base para a produção de normas que norteiam e regulam a disponibilização e consumo do sal, açúcar e gorduras trans”, ressaltou.
Neste âmbito, considerou que a reflexão sobre os temas em debate é de grande relevância, uma vez que permite que especialistas na área possam reflectir e discutir sobre os aspectos macros e determinantes que possam influenciar a qualidade e a sustentabilidade alimentar e nutricional que se quer para a base alimentar cabo-verdiana.
Por sua vez, a presidente do Instituto Nacional da Saúde Pública (INSP), Maria da Luz Lima, no seu discurso chamou a atenção da população cabo-verdiana para o facto de que uma alimentação saudável é a base de tudo.
“Algumas doenças não transmissíveis constituem as primeiras causas de mortalidade, com destaque para doenças cardio-cérebro vasculares, cancro e diabetes, sendo que a hipertensão arterial é um peso importante nestas doenças e o factor de risco devido a uso de sal em excesso, álcool, tabagismos e maus hábitos alimentares”, disse.
O debate sobre os factores de risco da hipertensão arterial e acidente vascular cerebral (AVC) serve ainda para se lembrar os factores que influenciam o aparecimento do derrame cerebral já que se assinala a 29 de Outubro, o Dia Mundial do AVC.
Com este seminário, o INSP quer chamar a atenção dos decisores profissionais e população sobre a importância da alimentação e nutrição para a saúde e apelar sobre a necessidade de se combater os riscos associados à uma má alimentação, mas também a mudanças de hábitos e estilo de vida, como factores de risco modificáveis.
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