Nova Sintra, 27 Nov (Inforpress) – Os operadores económicos e turísticos bravenses demonstraram-se inconformados com a irregularidade das viagens marítimas para a ilha Brava, questionando quem vai arcar com as consequências que tal situação está a causar.
Numa nota enviada à Inforpress, o sócio-gerente do maior estabelecimento comercial da Brava “Minimercado Poupança”, Daniel Tavares, manifestou o seu descontentamento com a situação que enfrentam por causa da irregularidade das viagens de ligação marítima, sendo o único meio possível para chegar à ilha.
“A Brava tem sido a ilha que mais tem sofrido com a falta ligação marítima desde todos os tempos, pois, por ela ser pequena, por vezes, é preterida em relação às outras ilhas, sem deixar de reconhecer os esforços empreendidos pela companhia e o Governo no sentido de debelar essa real situação”, destacou a mesma fonte.
Daniel Tavares pede “maior sensibilidade e compreensão” tanto da companhia de viagem, como do Governo, realçando que são tantas as dificuldades que os empresários e investidores enfrentam na ilha, dificuldades essas que também afectam a população.
“Temos tido muitas dificuldades e com prejuízos em fazer as nossas cargas, sendo muitas delas perecíveis, virem da Praia”, apontou, apelando ao “bom senso” no sentido de dar aos investidores bravenses “oportunidades” de transportar as suas mercadorias e assim melhorar a prestação de serviços com relação a ilha.
Daniel Tavares reforçou ainda que desde o passado dia 20 de Novembro não conseguiram trazer as suas cargas da cidade da Praia, mas, afirmou que possuem ordem de embarque que lhes permitiam fazer este processo normalmente, uma vez que possui em mãos a ordem embarque emitida e paga desde início do mês.
Neste sentido, pede “mais empenho” por parte das companhias de viagem para ajudá-los a cumprirem ou alterar as viagens e permitir que as mercadorias cheguem à ilha a tempo e hora, como forma de minimizar os transtornos já verificados.
Nesta mesma senda, António de Pina, um empresário bravense ligado a vários sectores de actividade, e que hoje inaugura um dos maiores empreendimentos turísticos na ilha, diz esperar que esta “situação crónica” se resolva, pois, caso contrário vê o seu investimento ameaçado.
António de Pina alertou pela necessidade de “um sistema de transporte regular, que não falhe e que serve a população bravense na hora”.
Desde o passado dia 24, a ilha encontra-se sem ligações dos navios da CV InterIlhas, devido à uma avaria no navio Kriola, mas há informações que hoje o navio Inter-Ilhas fará uma viagem de ligação, já prevista na escala, mas que ainda não há informações de uma outra embarcação para assegurar às viagens do navio Kriola, Praia- Fogo – Brava e vice-versa.
MC/CP
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