Brava: Festival SSSL favoreceu projecção dos músicos e da cultura bravense – edil (c/áudio)

Nova Sintra, 03 Nov (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, considerou hoje, que o festival Sete Sóis Sete Luas (SSSL) trouxe “ganhos significativos” na projecção da cultura e dos músicos da ilha.

O autarca falava à Inforpress, no âmbito das comemorações do 23º aniversário do festival em Cabo Verde, cujas actividades iniciaram terça-feira, no centrum da Brava, realçando que na ilha abraçaram o festival em 2012 e os ganhos a nível cultural são vários, principalmente na projecção dos músicos e da Brava dentro e fora de Cabo Verde.

“Um festival que tem dado muita visibilidade à Brava, a sua cultura e tem promovido intercâmbios culturais impossíveis de acontecer na Brava se não fosse através de uma parceria deste tipo”, reconheceu o edil.

Entretanto, diz corroborar das lamentações do director do festival SSSL, Marco Abondanza sobre a falta de apoios e patrocínios para a cultura bravense, justificando que “é frustrante” por mais que a câmara municipal tente, há sempre alguma dificuldade em conseguir patrocínios, financiamentos, principalmente a nível da cultura para a ilha Brava.

“Sentimos muitas vezes desgastados com esta situação”, disse Francisco Tavares, exemplificando com a situação do Auditório Municipal, que, segundo o mesmo, há muitos anos que está à procura de financiamentos para a sua operacionalização e além de muitas promessas ainda não chegou a sua vez.

Daí, apontou que a solução que têm tentado é abraçar os artistas internamente, dentro do leme e da pacatez da economia local, e tentar atribuir mais apoio à cultura e aos fazedores da cultura na ilha.

Conforme realçou o autarca, os dois últimos anos ficaram marcados pela pandemia, o que dificultou muitas coisas e as consequências da pandemia e de outros factores estão a dificultar ainda mais a vida das pessoas.

“Estamos a atravessar um momento pouco positivo e de poucas esperanças em conseguir financiamentos e patrocínios, principalmente para a área da cultura”, disse, realçando que vão continuar a tentar e a valorizar artistas dentro das poucas possibilidades que a ilha possui, apelando o apoio da população bravense nesta luta, que ajudará a cultura da ilha a fortalecer e a perpetuar.

As actividades deram início terça-feira, no Centrum SSSL da Brava com laboratórios de gastronomia toscana, realizada pela chef Paola Angiolini e um laboratório de pintura do artista italiano Paolo Grigò na Escola Secundária Eugénio Tavares, a abertura de uma exposição de pintura denominada “Viandante Metropolitano”, do artista Paolo Grigò, acompanhado por uma degustação gratuita de cozinha toscana realizada pela chef Paola Angiolini.

Durante o mês de Novembro, vários músicos e artistas internacionais vão animar as “ilhas mais periféricas”, nomeadamente, Brava, Fogo, Maio, Santiago e Santo Antão, alusivas às comemorações do 23º aniversário do festival.

Estas actividades estão a ser realizadas com o apoio das embaixadas do Luxemburgo, da Espanha e do Brasil, Acción Cultural Española, município de Pontedera (Itália) em parceria com as câmaras municipais da Brava, Maio, Ribeira Grande, São Filipe, Tarrafal, e com o alto patrocínio da Presidência da República.

MC/CP

Inforpress/Fim

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