Porto Inglês, 14 Out (Inforpress) – A presidente do PAICV considerou que a ilha do Maio está estagnada há 28 anos por culpa da “má governação local do MpD”, que implementou “simplesmente gestão corrente” e “medidas avulsas” sem nenhuma visão estratégica para ilha.
Janira Hopffer Almada fez essas considerações durante a apresentação, esta terça-feira, da lista para Câmara Municipal do Maio, liderada por António Ramos, e para a Assembleia Municipal encabeçada por Alcídia Tavares, tendo realçado que Maio precisa de uma nova liderança para gerar uma boa governação.
Conforme asseverou a presidente do Partido Africano de Independência de Cabo Verde (PAICV), a ilha está estagnada por culpa dos 28 anos do mandato do MpD na autarquia maiense, por terem implementado “simplesmente gestão corrente” e “medidas avulsas” sem nenhuma visão estratégica.
Janira Almada, lembrou ainda, que a ilha tem grandes potencialidades no sector da agricultura, razão por que o Governo do PAICV investiu na construção de diques de grande porte, perfuração de furos e equipa-los com energia fotovoltaica, para dinamizar a produção local e também fornecer o mercado nacional.
“O mesmo pode-se dizer com o sector das pescas”, lembrando que a actual governação que priorizou investir na construção de praças e pracetas, não vai tirar a ilha da situação em que se encontra, realçando que “as duas grandes promessas do actual Governo para esta ilha, o novo porto do Maio e aeroporto internacional, não saíram de papel e o mandato está no fim”.
A presidente do PAICV considerou, no entanto, que o Maio tem condições para sonhar mais com o desenvolvimento do turismo, notando, porém, que com uma ligação aérea semanal não vai conseguir desenvolver este sector e trazer mais dignidade a população local, principalmente os jovens que têm deixado a ilha à procura de trabalho em outros pontos.
“A nossa candidatura sob o lema, Djarmai na Kurason vem exactamente para demonstrar as pessoas desta ilha que é preciso fazer mais e nós vamos fazer mais, mas com uma gestão séria, transparente, colocando o foco no interesse dos munícipes e sobretudo pensando nas potencialidades da ilha do Maio para se dar o salto ao desenvolvimento”, advogou.
Conforme realçou, a ilha precisa urgentemente de um presidente da câmara e não um “delegado de Governo” que “não reivindica” para a ilha e que “não representa” as ambições dos munícipes”.
Além de António Ramos, do PAICV, concorre a estas eleições, na ilha do Maio, Miguel Rosa, do MpD.
Nas eleições de 2016, as sétimas realizadas em Cabo Verde para escolha dos titulares dos órgãos municipais do Maio, concorreram dois candidatos, tendo o MpD (Miguel Rosa) conquistado a câmara com 1.996 dos votos, (56,82%), e o OIAM (José Silva) alcançado 1.423 votos (40,51%).
Para as eleições autárquicas de 25 de Outubro, estão inscritos 5.072 eleitores (em 2016 o número de inscritos era de 4.822, dos quais 3.503 votaram).
A nível nacional, participam na corrida um total de 65 candidatos, sendo 22 do MpD, 22 do PAICV, sete da UCID, dois do PP (um no município da Praia e um para Assembleia Municipal na Boa Vista) e mais 12 candidatos independentes que disputam as câmaras municipais da Ribeira Grande (1), de Santa Catarina (1), São Domingos (1), Tarrafal de São Nicolau (1), Sal (1) Tarrafal de Santiago (2), Praia (4) e São Vicente (1).
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